MDB decide não apoiar nem Haddad, nem Bolsonaro no 2º turno
Presidente nacional do partido, Romero Jucá, disse que legenda ficará 'independente' no próximo governo, porque 'ser oposição é ficar contra o Brasil'
A exemplo de outros partidos, o MDB também decidiu liberar seus filiados para apoiar os candidatos Fernando Haddad (PT) ou Jair Bolsonaro (PSL) na disputa no segundo turno das eleições presidenciais. O presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), confirmou que a legenda se posicionou pela neutralidade na corrida pelo Palácio do Planalto. “Estamos liberando os membros do MDB de votar com sua consciência”.
Perguntado como o MDB se posicionará em relação ao próximo governo, Jucá disse que o partido ficará “independente” e que a legenda votará de acordo com os interesses do país. “Ser oposição é ficar contra o Brasil”, acrescentou.
No primeiro turno, o MDB disputou com candidato próprio, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Ele recebeu 1.288.948 votos, o correspondente a 1,2% da votação, ficando em 7º lugar na disputa.
Posição dos demais partidos
O apoio a Bolsonaro foi manifestado pelo PTB, que esteve na coligação do PSDB no primeiro turno. O presidente da legenda, Roberto Jefferson, disse, em nota, que acredita que o capitão reformado “trabalhará para que o nosso país volte aos trilhos do desenvolvimento social e econômico”.
O petista Fernando Haddad foi apoiado por PSOL, PSB, PPL e PDT, de Ciro Gomes, que ficou em terceiro na disputa do primeiro turno. A legenda anunciou um “apoio crítico” e o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, disse que os filiados do PDT não farão parte de uma eventual gestão petista.
Mantiveram-se neutros PSDB, DEM, PP, PR, Novo, Solidariedade e Democracia Cristã (DC). Apesar da neutralidade manifestada pelo PSDB, João Doria, candidato do partido ao governo de São Paulo, manifestou apoio a Bolsonaro logo após o primeiro turno. Em sua conta no Twitter, o ex-prefeito de São Paulo disse que vai “lutar para a esquerda não voltar”.
A Rede, partido de Marina Silva, que teve 1% dos votos válidos no primeiro turno, criticou o PT, mas recomendou “nenhum voto” em Jair Bolsonaro no segundo turno.
Segundo pesquisa Datafolha, divulgada na noite desta quarta-feira, 10, a maior parte dos eleitores de candidatos derrotados no último dia 7 de outubro se diz indiferente em relação à recomendação de voto dos postulantes.
Do total de eleitores entrevistados pelo instituto, 72% afirmaram que não faz diferença o apoio de Marina Silva (Rede), oitava colocada no primeiro turno com 1% dos votos.
O apoio de Geraldo Alckmin é considerado irrelevante para 69% dos eleitores, enquanto o de Ciro Gomes não teria influência para 63% dos entrevistados. Ciro ficou em terceiro lugar na disputa, com 12,67% dos votos e Alckmin, em quarto, com 4,75%.
(com Agência Brasil)