Mensagens devem ser publicadas na íntegra e hackers, presos, diz Moraes
Para Alexandre de Moraes, as informações foram obtidas de forma criminosa, apesar de destacar que o material tem interesse 'jornalístico' e 'público'
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse nesta segunda-feira (17) que ainda não é possível avaliar mensagens vazadas com diálogos supostamente mantidos entre membros da força-tarefa da operação Lava Jato. “Para isso, nós dependemos, primeiro, que todo o material seja divulgado. Segundo, que sejam atestadas a autenticidade e a veracidade desse material. Quando se coloca a conta-gotas, não é possível ter uma visão de conjunto, nem da veracidade, nem da autenticidade”, disse, após participar de um evento em São Paulo.
Desde a semana passada, o site The Intercept Brasil tem divulgado trechos de mensagens atribuídas ao ministro Sergio Moro (Justiça) e a procuradores da Lava Jato. De acordo com o site, os diálogos apontam para uma “colaboração” entre o então juiz federal responsável por julgar processos decorrentes da operação em Curitiba e a promotoria, a quem cabe acusar os suspeitos de integrar o esquema de corrupção.
Para Moraes, as informações foram obtidas de forma criminosa, apesar de destacar que o material tem interesse “jornalístico” e “público”.
“As invasões que ocorreram nos telefones de agentes públicos são criminosas. Falo com absoluta tranquilidade que vazamentos, fake news, falsidade em notícias divulgadas é questão de polícia. Esses hackers que, eventualmente, invadiram, devem ser alcançados, punidos e presos”, acrescentou o ministro do Supremo.
Moraes também defendeu a importância da Lava Jato para o combate à corrupção: “É uma operação séria, conduzida dentro do devido processo legal. É uma realidade que realmente mudou o combate à corrupção no Brasil”.
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