Parte dos militantes que aguardavam a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sede da Justiça Federal em Curitiba para prestar depoimento ao juiz Sergio Moro em processo da Operação Lava Jato seguiu em caminhada pelas ruas da capital paranaense até a praça Generoso Marques, no centro, onde o petista deverá discursar após a audiência.
Ligados a grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e o Levante Popular da Juventude, militantes gritam palavras de ordem contra Moro e o presidente Michel Temer (PMDB) e de apoio ao ex-presidente petista – o magistrado foi chamado de “Mussolini de Maringá”, em referência ao ex-ditador italiano Benito Mussolini e à cidade onde o juiz paranaense nasceu. Eles também portam faixas e simulações de uma carteira de trabalho e da Constituição feridas.
Lula foi recebido no prédio da Justiça Federal por cerca de 1.000 integrantes do MST. Os grupos chegaram de caravana na manhã desta quarta-feira. A Polícia Militar não tem uma contagem oficial dos manifestantes pró-Lula, mas disse ter recebido informação dos organizadores de que a expectativa era que o número chegasse a 5.000 ao longo do dia.
O governo do Paraná reservou a área do Museu Oscar Niemeyer para a concentração de apoiadores da Operação Lava Jato e do juiz Moro. À tarde, cerca de 150 manifestantes ligados a grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL) protestavam no local e pediam a prisão de Lula e a eleição de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) presidente em 2018.
Lula é acusado de receber propina da Odebrecht, oriunda de contratos da Petrobras, por meio da compra de um terreno para abrigar o Instituto Lula – o imóvel nunca foi usado – e de um apartamento vizinho àquele em que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo (SP). O petista nega todas as acusações.
Veja o vídeo da caminhada dos manifestantes pró-Lula: