O juiz federal Sergio Moro condenou as duas filhas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava Jato, e um genro por embaraço à investigação de organização criminosa.
Segundo a sentença, Arianna Azevedo Costa Bachmann, Shanni Azevedo Costa Bachmann e Márcio Lewkovicz tentaram atrapalhar as investigações da operação março de 2014, quando entraram na Costa Global Consultoria, empresa do ex-diretor, e “removeram diversos documentos, dispositivos eletrônicos e dinheiro, que interessavam à investigação”.
Arianna e Lewkovicz foram condenados a dois anos e quatro meses de prisão, enquanto Shanni foi sentenciada a um ano e oito meses. Nenhum dos três, no entanto, será preso: todos firmaram acordos de delação premiada e terão as penas substituídas pela prestação de serviços comunitários.
“Os acusados teriam acatado solicitação de Paulo Roberto Costa, que pretendia antecipar-se às diligências policiais no seu escritório, removendo provas que poderiam incriminá-lo”, relatou o juiz na condenação. “Paulo Roberto Costa integrava grupo criminoso organizado instalado na Petrobrás que era composto por executivos da estatal, agentes políticos e intermediadores e que cobrava sistematicamente vantagens indevidas sobre contratos celebrados pela estatal.”