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MPF eleva o orçamento da Lava Jato para R$ 1,65 milhão

Previsão inicial era de 522 mil reais, o que provocou atritos entre o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e sua sucessora, Raquel Dodge

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h26 - Publicado em 25 jul 2017, 17h19

Em um sinalização política à opinião pública, o Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) decidiu nesta terça-feira aumentar a previsão orçamentária destinada à força-tarefa da Operação Lava Jato, reservando 1,65 milhão de reais para os trabalhos dos procuradores que se debruçam sobre o esquema de corrupção na Petrobras. A previsão inicial era de aproximadamente 522.000 reais, o que provocou atritos entre o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e sua sucessora, Raquel Dodge.

A proposta de aumentar a previsão orçamentária da Lava Jato foi apresentada pelo vice-procurador-geral da República, José Bonifácio Andrada, que sugeriu um remanejamento dos recursos. Para incrementar a previsão da força-tarefa, foi necessário deslocar recursos da Secretaria-Geral.

“Embora não haja necessidade imediata desse acréscimo, existe uma boa sinalização de já informar à sociedade e ao próprio Congresso Nacional que o Ministério Público está empenhado para que os trabalhos da força-tarefa sejam cumpridos a contento”, disse Bonifácio Andrada. Segundo ele, a nova reserva abarca despesas com diárias e passagens.

Janot

Durante a reunião que definiu o aumento, Janot declarou que, diferentemente de anos anteriores, não defenderia proposta orçamentária apresentada pela sua administração, já que a execução dos recursos será feita por outra gestão. Raquel Dodge assumirá o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 18 de setembro.

Segundo Janot, mesmo que a previsão inicial não tenha representado redução nos repasses à força-tarefa da Lava Jato, o aumento proposto por Bonifácio Andrada é uma sinalização de que o Ministério Público não abre mão das investigações referentes à Lava Jato. “Orçamento é isso mesmo, é uma proposta que se faz através de uma previsão, que, com o passar do tempo, principalmente nesse momento da economia, tem de sofrer ajustes de rota e de direcionamento”, afirmou.

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Para Raquel Dodge, o aumento da previsão orçamentária para a força-tarefa passa uma mensagem clara. “Nossa instituição apoia a atuação contra a corrupção empreendida no âmbito da Operação Lava Jato, de modo a fixar o montante exatamente solicitado pelos integrantes da força-tarefa. Passa uma mensagem clara de que não estamos fazendo nenhuma redução, de que estamos acolhendo integralmente o pretendido.”

Questionamentos

Em ofício encaminhado semanas atrás a Janot, Raquel fez uma lista de quarenta perguntas sobre a proposta orçamentária para 2018. A nova procuradora-geral da República destacou que a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba tinha solicitado  1,65 milhão de reais, mas na proposta orçamentária inicial foram disponibilizados somente  522.655,00 reais “Qual a razão dessa redução para a FT (força-tarefa) Lava Jato? Qual o valor programado para a força-tarefa em 2017?”, questionou a futura procuradora-geral da República. Na época, a PGR negou que houvesse redução.

Força-tarefa do RJ

O CSMPF também decidiu prorrogar por mais seis meses a força-tarefa de procuradores que atuam na Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A iniciativa dará sequência às investigações no estado por um grupo específico de procuradores. A atuação da Lava Jato no Rio já levou à prisão, entre outros, do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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