‘Não é minha linha’, diz Bolsonaro sobre comercial vetado
Segundo o presidente, o governo dele prega os 'valores da família' e o dinheiro do contribuinte não pode ser usado 'dessa maneira'
O presidente Jair Bolsonaro se manifestou na manhã deste sábado, 27, sobre o comercial do Banco do Brasil que ele exigiu que fosse tirado do ar. “Não é a minha linha”, declarou, ressaltando que o seu governo é voltado para a “família”. “A linha mudou, a massa quer respeito à família e ninguém quer perseguir minoria nenhuma. E nós não queremos que dinheiro público seja usado dessa maneira”, completou.
Exibido desde o início do abril, o comercial é voltado especialmente para público jovem. A peça exibe imagens de jovens, entre eles uma transexual. A propaganda irritou Bolsonaro, que exigiu que ela fosse tirada do ar e solicitou a demissão do diretor de marketing do Banco do Brasil, Delano Valentim.
O veto do presidente, no entanto, não se limitou à peça do Banco do Brasil. Conforme revelou a coluna Radar, Bolsonaro proibiu o uso de palavras do universo LGBT, como “lacrou”, em todas as campanhas do governo.
Reforma
O veto irritou internautas, que passaram a transmitir o comercial em suas redes sociais. Durante a conversa com os jornalistas nesta manhã, o presidente falou ainda sobre a reforma da Previdência, que atualmente tramita em uma comissão especial na Câmara dos Deputados. Ele declarou que ela “não pode ser desidratada” e que o governo espera uma economia de 1,3 trilhão em dez anos com a reforma.