Nomeação de candidata ao TRF-1 divide o governo
Procuradora da República determinou investigação ao petista Gilberto Carvalho
A Procuradora da República Ana Carolina Roman, candidata à uma vaga no TRF da 1ª Região, está dividindo as preferências do governo. Um pedaço não quer sua nomeação porque ela se alinhou várias vezes com as medidas do ex-procurador lavajatista Deltan Dallagnol e por ter determinado a investigação ao petista Gilberto Carvalho. A AGU, porém, parece bastante empenhada em sua nomeação. No Judiciário e no MPF a interferência da AGU no processo de escolha tem causado ruído em razão das relações de parentesco de Ana Carolina (ela é casada com um dos funcionários do órgão).
ATUALIZAÇÃO: Em nota enviada a VEJA, a procuradora diz que ‘não tem alinhamento’ com pautas de Deltan Dallagnol e que se manifestou ‘em muitos momentos’ de forma contrária à atuação da Lava-Jato. Sobre Gilberto Carvalho, afirma que, após representação feita ao MPF, pediu informações à 6ª Vara Criminal da Justiça em SP sobre o caso. “Como foi excedido o prazo-limite para conclusão do procedimento, sem que as informações tivessem sido enviadas, converti, como determina a norma de regência, o procedimento de apuração preliminar em Inquérito Civil”, afirma. “Na portaria de instauração do IC, não houve nenhuma apreciação de mérito sobre o caso.”