Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Nova fase da Lava Jato mira pagamento de propina a Palocci e Mantega

Agentes da Polícia Federal cumprem dois mandados de prisão e onze de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia

Por Redação
Atualizado em 21 ago 2019, 08h35 - Publicado em 21 ago 2019, 07h24
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 21, a 63ª fase da operação Lava Jato, denominada Carbonara Chimica. Quarenta agentes da PF cumprem mandados em endereços dos investigados Nilton Serson e Maurício Ferro, cunhado de Marcelo Odebrecht, que também têm contra si ordens de prisão temporária. Bernardo Gradin, ex-presidente da Braskem, também é alvo de buscas.

    A ação busca esclarecer a suspeita de pagamentos de propina aos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega pela Odebrecht. Os repasses, segundo a força-tarefa, teriam como objetivo a aprovação das Medidas Provisórias 470 e 472, que favoreceriam o grupo, dono da Braskem. De acordo com as investigações, os valores eram contabilizados em uma planilha “Programa Especial Italiano”.

    Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba e objetivam a apuração de crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de capitais. Foram bloqueados 555 milhões de reais de ativos financeiros dos investigados. O nome da operação remete ao fato de que os investigados eram identificados como “Italiano” e “Pós-Itália”, referência a Palocci e Mantega.

    As MPs instituíram um novo refinanciamento de dívidas fiscais e permitiram a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento. Ferro, Gradin e Souza foram denunciados pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Nesta ação, os ex-ministros são acusados de agir para favorecer os interesses da Braskem, que firmou acordo de leniência.

    Após a denúncia, a empresa disponibilizou provas que indicam que Mauricio Ferro, então diretor-jurídico da Braskem, teria comandado a celebração de pelo menos 18 contratos advocatícios fraudulentos com Nilton Serson entre 2005 e 2013. Segundo o MPF, um dos contratos tratava de discussões sobre crédito de IPI, mesmo contexto em que ocorreram os crimes investigados na ação penal.

    Os investigadores apuraram que não houve prestação de serviços e os contratos serviram apenas para a realização de repasse dissimulado de valores, que totalizaram 78,1 milhões. A nova fase apura novos atos de lavagem e quem foram os destinatários dos recursos. Segundo a PF, há indicativos de que parte dos valores indevidos teria sido entregue ao casal de publicitários João Santana e Mônica Moura como forma de dissimulação da origem do dinheiro.

    O MPF também concluiu que Ferro e Serson fizeram uso de contas no exterior para receber outros valores, que foram transferidos a partir de contas controladas pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. Além disso, com o aprofundamento das investigações, foram identificados indícios de que Ferro teria atuado para impedir o acesso do MPF às bases de dados do sistema “My Web Day”, que era empregado pelos agentes ligados às diversas empresas do grupo Odebrecht para pagamento de propina.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.