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Núcleo financeiro do PCC é alvo de operação da Polícia Federal

Investigação identificou a circulação de cerca de 1 milhão de reais por mês em contas usadas pela facção criminosa

Por Leonardo Lellis 6 ago 2019, 08h10
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  • A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 6, a Operação Cravada, para desarticular o núcleo financeiro da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), responsável por recolher e gerenciar o dinheiro usado em ações criminosas nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

    Cerca de 180 policiais federais cumprem 55 mandados de busca e apreensão, 30 mandados de prisão, expedidos pela Vara Criminal de Piraquara (PR). Dos 30 mandados de prisão, 8 serão cumpridos em presídios, sendo três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná.

    A investigação começou em fevereiro a partir de informações sobre a existência de um núcleo financeiro instalado na Penitenciária Estadual de Piraquara. Verificou-se que o núcleo é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a facção criminosa em âmbito nacional.

    De acordo com a PF, os pagamentos — também chamados de “rifas”— eram repassados à facção por meio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, com uso de medidas para dificultar o rastreamento. A investigação indica a circulação de aproximadamente 1 milhão de reais por mês nas diversas contas utilizadas em benefício do crime.

    Foram identificadas e bloqueadas mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país. Os valores que transitavam entre as contas bloqueadas eram utilizados para pagar a aquisição de armas e de drogas, além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da facção em locais próximos a presídios.

    O nome da operação faz referência a uma jogada de xadrez em que uma peça, quando ameaçada de captura pela peça adversária, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco. A PF conta com o apoio do Ministério Público do PR, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de SP, a Secretaria de Administração Penitenciária de SP e a Polícia Militar de SP.

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