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O dia D da CPI da Braskem

Estratégia 'colaborativa' foi definida pelo advogado Marco Aurélio Carvalho, próximo ao presidente Lula, contratado para atuar durante as investigações

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 13h27 - Publicado em 7 abr 2024, 17h55
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  • Risco de colapso: bairros foram desocupados em Maceió por causa do risco de desabamento de mina da Braskem
    Bairros foram desocupados em Maceió por causa do risco de desabamento de mina da Braskem  (Defesa Civil de Maceió/Divulgação)

    A próxima quarta-feira vai ser um dia decisivo na CPI da Braskem. A empresa é investigada por uma tragédia ambiental que resultou no afundamento de bairros em Maceió, Alagoas. A comissão vai ouvir o vice-presidente da companhia, Marcelo Arantes de Carvalho, que pretende explicar os critérios adotados para fechar os acordos de indenização com os moradores atingidos pelo desastre.

    A estratégia de defesa da Braskem foi definida como “colaborativa” e foi traçada pelos advogados Marco Aurélio de Carvalho e David Rechulski. O vice-presidente vai tentar convencer os senadores de que a mineradora tomou todas as medidas necessárias para mitigar um desastre social e econômico ainda maior.

    Há quatro anos, quando surgiram os primeiros sinais de rachaduras no solo de alguns bairros, a empresa deu início a um processo de desocupação das casas e transferência dos moradores para outras áreas. Hoje, 100% dos imóveis da área de risco definidos pela Defesa Civil estão desocupados. Os atingidos receberam indenizações em acordos homologados pelo Ministério Público e a Justiça Federal. Mas há divergências sobre como isso foi feito.

    O depoimento do vice-presidente da Braskem será acompanhado com atenção pelo mercado financeiro. Os maiores acionistas da empresa são a Novonor, antiga Odebrecht, e a estatal Petrobras.O presidente Lula era contra a criação da CPI, mas a comissão foi instalada diante da pressão do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que afirma que os contratos foram prejudiciais aos moradores e ao município de Maceió.

    A exploração em Maceió começou em 1970, com a estatal federal Salgema S.A., criada pelo regime militar e depois privatizada. A empresa alega que, na época, a mineração era feita em bairro industrial, mas posteriormente grande parte da área foi sendo ocupada por residências.

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    Além de indenizar os moradores, a Braskem fechou acordo de 1,7 bilhão de reais com a Prefeitura de Maceió. Os recursos serão usados em obras de infraestrutura no município. O governo de Alagoas, porém, recorreu à justiça. O estado é governado por Paulo Dantas, aliado de Renan. “É como você ser assaltado e depois fazer um acordo com o assaltante e entregar o seu carro”, acusa o senador.

    Há um litígio político por trás dessa disputa. O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, beneficiário dos recursos  da indenização ao município, tem como aliado o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adversário político de Renan Calheiros.

    O vice-presidente da empresa quer mostrar para os senadores que, apesar do desastre ambiental, as medidas tomadas pela empresa evitaram danos maiores e que não houve nenhuma morte de morador em decorrência de afundamentos de solo. O advogado Marco Aurélio Carvalho, contratado para atuar durante as investigações, é próximo ao PT e ao presidente Lula.

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