O padre não faz milagre: PTB elege só um deputado e fica sem senador

Partido também não foi bem-sucedido nas disputas estaduais, e viu a derrota do senador Fernando Collor ao governo de Alagoas

Por Marcela Mattos SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 3 out 2022, 17h04 - Publicado em 3 out 2022, 16h31

O sacerdote Kelmon Luis da Silva (PTB) - — O candidato à Presidência padre Kelmon durante debate (./VEJA)

A controversa figura de Kelmon Luis da Silva Souza, o suposto padre Kelmon, candidato pelo PTB à Presidência da República, pode até ter rendido alguns memes e engajamento na internet, mas não reverteu votos ao seu partido.

Nestas eleições, o PTB, cujo principal cacique, o ex-deputado Roberto Jefferson, cumpre pena em prisão domiciliar, conseguiu eleger apenas um deputado federal – o desconhecido Bebeto, que atualmente ocupa o cargo de vereador de São João do Meriti (RJ). Assim, a legenda vai encolher ainda mais a partir de 2023, passando da bancada atual de três deputados para um único representante.

O partido tinha entre os candidatos à Câmara a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil, e Paola Silveira, mulher do deputado Daniel Silveira. Havia ainda três candidatos ao Senado – a aposta era a reeleição do senador Roberto Rocha (MA), que se filiou à legenda neste ano, mas ele perdeu para o ex-governador Flavio Dino (PSB).

Nas disputas pelos governos estaduais, o PTB também perdeu todas. A candidatura mais relevante era a do ex-presidente da República e senador Fernando Collor, que acabou em terceiro lugar nas eleições de Alagoas, atrás de Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União Brasil), e ficará sem mandato em 2023.