Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

O pleito dos rejeitados

Bolsonaro e Haddad lideram pesquisas mas reúnem os mais expressivos índices de repúdio. Com a vitória de um ou de outro, são altos os riscos de retrocesso

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 16h53 - Publicado em 5 out 2018, 07h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro sempre quis que seu adversário em um eventual segundo turno fosse Fernando Haddad. E Haddad, em caso de segundo turno, também queria disputar com Bolsonaro. Faz todo o sentido: os dois são os mais rejeitados pelo eleitorado, o que os torna adversários preferenciais — em tese, um só teria condições de efetivamente vencer a eleição se o adversário fosse o outro. É a pior notícia que o país poderia dar a si mesmo e, pelas pesquisas eleitorais, é precisamente o que está acontecendo: o duelo do retrocesso.

    Nas próximas páginas, VEJA apresenta uma reportagem mostrando em que aspectos Bolsonaro representa uma ameaça de retrocesso político e social, e uma enorme dúvida econômica. Na reportagem seguinte, estão as razões pelas quais o petista Haddad é um risco de retrocesso moral, político e econômico. A leitura de ambas mostra que o confronto entre Bolsonaro e Haddad no segundo turno — se houver segundo turno — é um cenário desanimador. “Obra dos partidários da ideia de que nada melhor para combater um mal do que um mal maior”, escreve a colunista Dora Kramer, cujo texto pode ser lido na página 61 sob o título “Insatisfação garantida”.

    Os riscos dos dois líderes nas pesquisas não são iguais nem equivalentes. Bolsonaro simpatiza com a ditadura, elogia torturadores, hostiliza minorias e apresenta-se ao eleitor como tudo o que nunca foi em quase trinta anos de carreira política: um liberal. Haddad, por sua vez, é o preposto de um presidiário, ao qual consulta antes de dar qualquer passo, e representa o partido que, apesar de ter patrocinado um monumental esquema de corrupção quando esteve no poder, não teve a dignidade cívica de apresentar um fiapo de autocrítica — o que dá aos eleitores o direito de supor que, no caso de sua vitória, tudo pode voltar a acontecer. O único consolo é que, ganhe quem ganhar, a democracia terá triunfado. Por enquanto.

    Publicado em VEJA de 10 de outubro de 2018, edição nº 2603

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.