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Onyx critica Coaf por suspeita sobre ex-motorista de Flávio Bolsonaro

Após relatório apontar movimentação atípica de R$ 1,2 mi, futuro ministro se irrita, pergunta onde estava o órgão nos escândalos do PT e abandona entrevista

Por Giovanna Romano Atualizado em 9 jan 2019, 20h04 - Publicado em 7 dez 2018, 17h06
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  • O futuro chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (Eliane Neves /Fotoarena/Folhapress)

    O futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), abandonou entrevista coletiva nesta sexta-feira, 7, quando foi questionado sobre a movimentação financeira atípica de mais de 1,2 milhão de reais feita por um ex-motorista do deputado estadual do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e senador eleito. O relatório foi feito pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

    Onyx questionou o papel da Coaf – órgão ligado ao Ministério da Fazenda e que será transferido para a pasta da Justiça no governo Bolsonaro – nas investigações dos escândalos do mensalão e da Petrobras e subiu o tom de voz com um repórter após a pergunta sobre a origem do dinheiro apontado no relatório. “Onde é que estava o Coaf no mensalão? Onde é que estava o Coaf no petrolão? Esse é o ponto”, disse. “Eu sou o investigador? Não. […] Quanto o senhor recebeu esse mês [perguntou ao repórter]? Não tem a menor relevância a sua pergunta”, completou, antes de deixar a entrevista em um evento empresarial em São Paulo.

    A investigação na qual o ex-motorista do filho de Bolsonaro está envolvido faz parte da Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato no estado do Rio de Janeiro que já prendeu dez deputados estaduais. Segundo a Polícia Federal, o objetivo é investigar “a participação de parlamentares do Rio de Janeiro em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual”.

    O relatório do Coaf, que foi usado pela operação, aponta “movimentação financeira atípica” de Fabrício José Carlos de Queiroz no valor de 1,233 milhão de reais entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, o que seria incompatível com sua renda de 23.000 reais mensais como servidor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) – ele foi motorista de Flávio Bolsonaro até outubro deste ano.

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    O Coaf, a pedido da Operação Furna da Onça, levantou todas as movimentações financeiras acima de 10.000 reais feitas por servidores da Alerj. Em uma das movimentações de Queiroz, havia um cheque de 24.000 reais para Michelle Bolsonaro, esposa do presidente eleito.

    “Estão tentando destruir a reputação de Jair Bolsonaro. No Brasil a gente tem que saber separar o joio do trigo. Nesse governo, é trigo. Não dá para querer achar que esse governo é igual ao governo do PT. Não é, nunca vai ser, e os homens e mulheres que estão aqui são do bem. A turma do mal está do lado de lá. O problema é que a aliança ideológica feita no Brasil faz com que vocês queiram misturar um governo decente, um governo honesto, que está apenas no seu alvorecer, com a lambança que o PT fez por 14 anos”, disse.

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    Desde a revelação do caso, feita pelo jornal O Estado de S. Paulo na quinta-feira, 6, nem o presidente eleito nem sua esposa se pronunciaram sobre o caso. Já Flávio Bolsonaro afirmou, em post no Twitter, que nunca soube de nada que desabonasse a conduta de Queiroz.

    Flávio Bolsonaro
    (Reprodução/Reprodução)

    O episódio pode provocar a primeira crise na transição para um governo que foi eleito, em parte, apoiado pelo discurso contra a corrupção. Na quinta-feira, deputados federais do PT foram à Procuradoria-Geral da República pedir a abertura de investigação sobre a movimentação do ex-motorista de Flávio Bolsonaro e o cheque repassado à esposa do presidente eleito.

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