A fim de melhorar a relação institucional, o presidente Jair Bolsonaro se desculpou pessoalmente por “caneladas” com alguns presidentes de partidos nesta quinta-feira, 4. A informação é do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que acompanhou as conversas ao longo do dia entre Bolsonaro e dirigentes do PSDB, MDB, PP, PRB, PSD e DEM.
“Todos concordaram que é momento de passar por cima das nossas diferenças, passar por cima do que aconteceu durante o período eleitoral. O presidente, com a sua humildade, se desculpou por uma canelada aqui e acolá. E a gente vai conseguir uma coisa que é muito importante, unir todos que são verde e amarelo a favor do Brasil”, declarou Onyx a jornalistas.
O ministro convocou uma coletiva de imprensa no início da noite para fazer um balanço do primeiro dia de encontros com os dirigentes partidários. Ele confirmou que propôs aos presidentes das siglas e líderes de partidos no Congresso a participar de um futuro “conselho de governo”, que teria reuniões a cada 30 dias.
Na próxima semana, há seis partidos confirmados para a nova rodada de conversas com Bolsonaro no Palácio do Planalto: Avante, Novo, Solidariedade, Podemos, PR e PSL. Onyx reforçou que o objetivo dos encontros é “melhorar o diálogo com o Congresso”. Mais uma vez, reconheceu erros na interlocução, mas disse que a intenção é evoluir.
Ele evitou entrar no mérito de eventuais críticas ou mudanças na reforma da Previdência sugeridas pelos partidos ao longo do dia e a possibilidade de desidratação do texto no Congresso. Primeiro, pontuou, é preciso focar na tramitação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que trata apenas da admissibilidade. No colegiado, considera que terá uma “votação positiva”. “Uma coisa de cada vez”, disse.
Segundo Onyx, Bolsonaro também viu “com simpatia” a proposta de agenda econômica e social apresentada pelo presidente do MDB, Romero Jucá, na tarde de hoje. De acordo com o ministro, trata-se de uma “agenda propositiva”. Ele avaliou que todos os partidos entenderam o recado das urnas e que querem uma nova forma de fazer política. “Estamos aprendendo a fazer…”