O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais, deflagrou uma operação que mira 20 dos 27 vereadores da Câmara de Uberlândia na manhã desta segunda-feira, 16. Foram cumpridos 41 mandados de prisão contra empresários e vereadores e 41 mandados de busca e apreensão nas residências dos envolvidos. São investigados desvios de verbas de gabinete.
A assessoria de imprensa da Câmara informou que foi cumprido um mandado de busca e apreensão no gabinete do presidente Hélio Ferraz (PSDB), o Baiano, que é um dos alvos da ação. Outro alvo é o vereador Alexandre Nogueira (PSD), que foi preso na operação “O Poderoso Chefão”, no último mês de outubro e, na última sexta-feira, 13, obteve uma liminar para substituir a prisão preventiva por domiciliar, com tornozeleira eletrônica.
Outros dos mandados de prisão, contra um vereador e um empresário, não foram cumpridos porque os alvos são considerados foragidos. A Câmara ficará em recesso parlamentar até o dia 3 de fevereiro do próximo ano e os gabinetes continuarão em funcionamento.
De acordo com o MP estadual, “as investigações envolvem as suspeitas de fraude em contrato de segurança da casa legislativa e de desvio de verbas de gabinete para suposta contratação de serviços gráficos, por meio de emissão de notas fiscais ideologicamente falsas pelas empresas”.
Foi encontrado na casa de uma das vereadores investigadas um montante equivalente a um milhão de reais em espécie, quantia que foi apreendida. Na casa do Baiano, foi encontrado 160 mil reais em espécie e 800 mil reais em cheque. Outros materiais, computadores e documentos que auxiliarão nas apurações também foram apreendidos durante as buscas.