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Os pressentimentos de Gilmar Mendes sobre o extremismo político

Decano do STF projeta que, se quebra-quebra do dia 8 de janeiro tivesse ocorrido na gestão anterior, GLO seria acionada e consequências seriam inimagináveis

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jul 2023, 15h26
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  • Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes disse a VEJA que, se os atos de 8 de janeiro tivessem ocorrido ainda no governo Bolsonaro, é possível que o país enfrentasse um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) com consequências imprevisíveis. A GLO é acionada normalmente quando forças de segurança tradicionais não conseguem mais lidar com uma situação de instabilidade e militares são convocados. Este expediente foi apresentado como opção ao presidente Lula logo após o quebra-quebra promovido por apoiadores de Jair Bolsonaro em janeiro, mas foi descartado pelo petista após a avaliação de que não era seguro investir de tanto poder militares notoriamente simpáticos ao bolsonarismo.

    Ao contrário de integrantes do governo, o ministro não acredita que o dia 8 de janeiro tenha sido uma tentativa de golpe de Estado, embora considere que diferentes momentos ao longo do governo do capitão – o mais emblemático dele foram as comemorações do Sete de Setembro de 2021 – tenham dado mostras de que uma sublevação passava pelo imaginário de apoiadores do ex-presidente. “Não vi aquilo como uma tentativa de golpe, como alguns chegaram a anunciar, mas de alguma forma foi a confirmação dos meus pressentimentos. Era uma espécie de crônica de uma morte anunciada – neste caso a vítima eram as instituições”, disse Mendes em depoimento a VEJA por ocasião dos seis meses do quebra-quebra na Praça do Três Poderes.

    Para o magistrado muitas perguntas sobre o vandalismo no dia 8 ainda seguem sem resposta, e responsabilidades precisam ser apuradas. Até o momento mais de 1.200 pessoas viraram rés por participação no levante e aproximadamente 250 seguem presas. “Sabemos que Bolsonaro tinha cevado a polícia e a desordem policial. Tenho a impressão de que a maioria do Alto Comando é legalista, mas não é por acaso que a polícia do Distrito Federal, que inclusive é paga pelo governo federal, não fez nada naquele dia. Tem muitas coincidências aí, com muitas pessoas fechando os olhos ao mesmo tempo” avalia.

    “No dia 8 de janeiro não acreditava e continuo não acreditando que houvesse condições para golpe. Felizmente tudo ocorreu depois de já encerrado o governo. Se tivesse sido antes, muito provavelmente teríamos a decretação da Garantia da Lei e da Ordem e, a partir daí, só Deus sabe, Só Deus pode responder”, afirmou o ministro do STF. “Dos males, o menor”, resumiu.

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