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Para Maia, saída de Parente é ‘muito ruim’; oposição comemora demissão

Pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin fala em 'não desperdiçar' recuperação da Petrobras, enquanto líder petroleiro atribui a Parente 'segundo apagão'

Por Da Redação
Atualizado em 1 jun 2018, 15h39 - Publicado em 1 jun 2018, 15h08

Após o pedido de demissão apresentado nesta sexta-feira 1º pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, políticos de partidos de centro deram declarações ressaltando a recuperação econômica da estatal durante a gestão dele e o perfil técnico de Parente, enquanto opositores do governo de Michel Temer (MDB) comemoraram a saída do presidente demissionário da Petrobras e cobraram uma mudança na política de preços de combustíveis da empresa.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), reagiram de formas distintas ao pedido de demissão de Parente.

Enquanto Maia classificou a saída de Parente do cargo como “muito ruim” e afirmou que a estatal “perde um quadro com grande qualidade técnica”, Eunício limitou-se a publicar no Twitter que o presidente da Petrobras “precisa reunir visão empresarial, sensibilidade social e responsabilidade política”. Ele acrescentou que “a ANP deve ter participação mais ativa na formação dos preços dos combustíveis”.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 23 de maio, em meio à greve de caminhoneiros, o emedebista criticou duramente Pedro Parente e a política de preços de combustíveis praticada pela estatal durante a gestão dele. “Entre os ‘Parentes’ e os consumidores, eu vou ficar com os consumidores. É abusivo o que aconteceu no Brasil”, declarou o presidente do Senado. “São onze aumentos em dezesseis dias. E que ninguém venha me dizer que foi em função do dólar. Essa explicação não me convence”, completou.

Além de Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, se manifestou sobre a demissão de Parente da Petrobras. Por meio de sua conta no Twitter, o tucano afirmou que não se deve “desperdiçar” o trabalho de recuperação da estatal. O presidente demissionário da Petrobras foi ministro da Casa Civil do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, entre 1999 e 2002.

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“Com a saída de Pedro Parente, o importante nesse momento é não desperdiçar o trabalho de recuperação da Petrobras. Precisamos definir uma política de preços de combustíveis que, preservando a empresa, proteja os consumidores”, afirmou Alckmin.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que tem evitado declarações públicas desde que se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e obstrução à Justiça, divulgou uma nota na qual afirma que a saída de Parente do cargo “não é algo a ser comemorado”.

“É fundamental agora que o governo federal seja ágil na sua substituição por um nome que sinalize na direção da continuidade do processo de saneamento da empresa, mas com a sensibilidade necessária em relação aos impactos da política de preços na vida cotidiana dos brasileiros. É necessário também que os estados participem desse esforço ao lado do governo federal”, afirma o tucano.

Também por meio do Twitter, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), classificou Parente como “entreguista” e cobrou uma mudança na política de preços da Petrobras. “Não basta trocar o entreguista Pedro Parente na presidência da Petrobras. Tem de mudar sua política de preços para os combustíveis e a ofensiva privatista na empresa e na entrega do pré-sal. Tem de recuperar a Petrobrás para o Brasil e para os brasileiros”, afirmou Gleisi.

A senadora é ré em uma ação penal no STF por supostamente ter recebido dinheiro desviado da estatal na campanha eleitoral de 2010.

O presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), ligada ao PT, José Maria Rangel, afirmou em um vídeo que as greves de caminhoneiros e petroleiros “conseguiram desnudar a fama de bom gestor do Pedro Parente”. Diante de um painel com a foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde abril, Rangel ainda classificou o presidente demissionário da estatal como “causador do segundo apagão do nossos país”. Pedro Parente era ministro da Casa Civil à época do apagão elétrico no país, em 2001.

Já a Força Sindical, presidida pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), publicou uma nota em que comemora a saída de Parente do cargo e afirma que a demissão dele “só trará benefícios para a sociedade brasileira”.

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“Pedro Parente vinha desenvolvendo uma política na empresa que prejudicava a classe trabalhadora. O ministro do ‘apagão’, como ficou conhecido no governo de FHC, dava clara demonstração de se curvar aos especuladores”, afirma nota. “Esperamos que a nova direção da Petrobras promova uma política voltada aos interesses dos país, visto que a empresa é um importante polo de desenvolvimento do Brasil”, completa o texto, assinado por Paulinho da Força, que na semana passada foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal que mirou fraudes e cobrança de propina no Ministério do Trabalho.

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