Para MPF, corrupção envolvendo Cabral é ‘oceano’ a ser mapeado
Procuradores afirmam que todos os contratos dos oito anos de sua gestão no governo estão sob investigação e que podem ser detectadas novas formas de desvio
O Ministério Público Federal afirmou em entrevista sobre a Operação Eficiência nesta quinta-feira que o esquema de corrupção liderado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) é um “oceano ainda não completamente mapeado”. Para o procurador Leonardo Freitas, todos os contratos que foram celebrados pelo estado do Rio durante os oito anos da gestão do peemedebista devem ser investigados para que se possa apurar tudo o que efetivamente foi desviado dos cofres públicos.
Desdobramento da Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio, a Operação Eficiência identificou cerca de 100 milhões de dólares em propinas pagas ao esquema no exterior. Desse total, 78 milhões de dólares foram exclusivamente para Cabral, com o dinheiro sendo usado para financiar todos os gastos do ex-governador e da sua família. O restante teria sido dividido entre os operadores do peemedebista Wilson Carlos (155 milhões) e Carlos Miranda (7 milhões).
Segundo a Polícia Federal, o esquema criminoso teria se iniciado em 2002, quando Sérgio Cabral ainda era deputado estadual e teria se expandido “exponencialmente” após o ano de 2007, quando ele assumiu o governo do Rio de Janeiro.