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Para PMDB, sem reforma da Previdência, é ‘tchau Bolsa Família’

Partido do presidente Michel Temer faz campanha ostensiva em redes sociais pela aprovação de reforma e diz que programas sociais correm risco no Brasil

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h14 - Publicado em 3 mar 2017, 17h01
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  • A reforma da Previdência Social é um dos grandes objetivos do governo de Michel Temer (PMDB) para 2017, considerada essencial para o equilíbrio das contas públicas. No entanto, é uma proposta de caráter impopular, uma vez que vai estabelecer uma idade mínima, de 65 anos, para aposentadoria, e um tempo mínimo de contribuição de 49 anos para a aposentadoria integral.

    Em suas primeiras reuniões, a comissão instalada para debater a proposta de reforma do governo já está dividida se vai aceitar – ou não – que os brasileiros precisem ter uma determinada idade para pedir o benefício. A fim de evitar que a pressão popular seja mais um motivo para deputados justificarem um voto contrário ao governo na questão, o PMDB, partido do presidente, está fazendo uma defesa ostensiva da proposta nas redes sociais.

    Em uma publicação de quinta-feira, na página oficial da legenda no Facebook, a ameaça é clara: “Se a reforma da Previdência não sair”, correm sérios riscos programas sociais do governo, como o Bolsa Família e o Fies (financiamento estudantil). Na imagem, está a frase, com quatro itens elencados abaixo –”Tchau Bolsa Família”, “Adeus Fies”, “Sem Novas Estradas”, “Acabam Programas Sociais” – e o logo do PMDB.

    Esta é mais uma polêmica gerada após a chegada do marqueteiro Lula Marques à legenda. Marques, que ajudou a construir a figura do “João Trabalhador” da campanha de João Doria (PSDB) em São Paulo, foi contratado pelo presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) com carta branca.

    Acompanhado da imagem, vem a mensagem explicativa:

    “Um país sem o investimento mínimo necessário em saneamento básico; sem melhorias em estradas, portos e aeroportos e com cortes nos programas sociais fundamentais. Para evitar que este seja o cenário do Brasil no futuro, é necessário reformar a Previdência, que hoje está em crise e ameaça as melhorias que o país tanto precisa.”

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    Procurado pelo site de VEJA, o governo federal afirmou que não vai se manifestar sobre a publicação.

    O vice-presidente e secretário de comunicação do PT, Alberto Cantalice, chamou a postagem de “terrorismo midiático”.  “Os usurpadores (do poder) perderam completamente o senso do ridículo. Na falta de qualquer justificativa plausível para impor a esdrúxula “reforma” da Previdência, resolveram pela via da marquetagem assombrar a população”, afirmou no site do partido.

     

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