O partido Novo informou na manhã desta terça-feira, em suas redes sociais, que não vai apoiar ninguém no segundo turno das eleições presidenciais, que serão decididas entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O comunicado, porém, frisa que o Partido dos Trabalhadores tem ideias “opostas” às da sigla.
“O Novo não apoiará nenhum candidato à Presidência, mas somos absolutamente contrários ao PT, que tem ideias e práticas opostas às nossas”, diz a nota.
Com pouco mais de 2,7 milhões de votos, o candidato João Amoêdo, líder do partido, ficou em quinto lugar na disputa presidencial, à frente de nomes como Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos). Depois da definição do segundo turno, Amoêdo chegou a elogiar o economista Paulo Guedes, coordenador econômico da campanha do capitão da reserva.
“Ele tem algumas ideias que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica e privatização de estatais”, afirmou. “O problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Bolsonaro, como deputado [o candidato está em seu sétimo mandato na Câmara], nunca foi um grande defensor dessas pautas”, disse.
Nesta terça, a sigla tomou a decisão de manter a neutralidade. “O cenário presidencial no segundo turno não é aquele que desejávamos. Manteremos nossa coerência e nossa contribuição se dará através da atuação de nossa bancada eleita” informa o documento. Nessas eleições, o partido Novo elegeu oito deputados federais, onze estaduais e um distrital. Em Minas Gerais, o candidato da legenda, Romeu Zema, vai disputar o segundo turno contra o tucano Antonio Anastasia.