Na terça-feira 21, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, foi convocado pelo presidente Michel Temer para uma reunião no Palácio do Planalto. No encontro, que não constava na agenda, Temer, com seu estilo discreto, avisou Rabello de que havia muita gente querendo sua cabeça e que a exposição como pré-candidato a presidente da República poderia prejudicar seu trabalho à frente do BNDES. Ele estava recebendo um ultimato, mas se fez de desentendido. Temer estava se antecipando à propaganda partidária do PSC, que foi ao ar horas depois. Rabello foi a estrela do programa, fez críticas à situação econômica e questionou: “O que anda mal?”. Disse ainda que os impostos e as taxas de juros eram altas demais e faltava crédito aos consumidores, e traçou um cenário desanimador: “O Brasil não precisa continuar sofrendo com a falta de emprego, com a falta de oportunidade”.
As declarações do comandante do BNDES irritaram não apenas Temer, mas também o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, outro nome presidenciável, que ironizou: “Se ele está querendo ocupar o território da oposição, vai encontrar uma área bem congestionada”. Os dias de Paulo Rabello à frente do banco de fomento podem estar contados.
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