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Pesquisa: 79% dos cariocas são a favor do impeachment de Witzel

Acusado de desvios e irregularidades em recursos para combate à pandemia, governador afastado do Rio é alvo de processo que pode cassá-lo na Alerj

Por Redação
5 set 2020, 07h45

Com o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), confirmado pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o instituto Paraná Pesquisas fez um levantamento exclusivo a VEJA na capital fluminense a respeito do apoio da população ao impeachment de Witzel, em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) desde junho.

Segundo a pesquisa, 79,1% dos cariocas apoiam o impeachment de Wilson Witzel e 14,5% são contrários. Não sabem ou não opinaram 6,4% dos entrevistados.

Entre os favoráveis à cassação de Witzel, os maiores índices são registrados entre homens (82,6%), pessoas com idades entre 25 a 34 anos (81,5%) e com Ensino Superior (83,4%). Entre os que se dizem contra o impeachment, destacam-se mulheres (16,4%), pessoas com 60 anos ou mais (15,4%) e que estudaram até o ensino fundamental (18,2%).

Foram ouvidos no levantamento, feito por telefone, 1.226 moradores do Rio, entre os dias 1º e 3 de setembro. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro estimada é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Impeachment e suspeitas

O processo que pode levar à cassação de Witzel na Alerj trata de supostos desvios em recursos destinados ao combate à pandemia de Covid-19 no estado, como superfaturamento na compra de respiradores e irregularidades na construção de hospitais de campanha.

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A gestão do governador foi alvo de três operações que apuram corrupção na Saúde durante a pandemia: a Placebo e a Tris In Idem, da Polícia Federal, e a Mercadores do Caos, em âmbito estadual. O ex-secretário de Saúde Edmar Santos fechou uma delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e deu aos investigadores relatos que fortaleceram as apurações.

Acusado pela PGR de ter recebido 554.000 reais em propina, em um esquema que supostamente arrecadaria até 400 milhões de reais em quatro anos, Witzel foi afastado do cargo por uma decisão liminar do ministro do STJ Benedito Gonçalves no último dia 28, quando foi deflagrada a Tris In Idem – o vice-governador, Cláudio Castro, assumiu o governo. A decisão de Gonçalves sobre o afastamento do governador foi confirmada na Corte Especial do tribunal por 14 votos a 1 na última quarta-feira, 2.

Entre os presos pela PF na operação estão o ex-secretário Lucas Tristão, o presidente do PSC, pastor Everaldo, e os filhos dele, Filipe Pereira e Laércio Pereira.

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