PF abre inquérito sobre coronel que chamou Rosa Weber de ‘corrupta’
Em vídeo, militar também afirmou que STF é tribunal de 'canalhas' e que não aceitará nenhum resultado que não seja a vitória de Jair Bolsonaro
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou, nesta quarta-feira, 24, que a Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as ameaças feitas à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, pelo coronel da reserva do Exército Carlos Alves, que a chamou de “salafrária”, “corrupta” e “incompetente”.
Depois de a Segunda Turma do STF pedir uma apuração do caso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a abertura de inquérito à PF ainda na terça-feira 23. Segundo Jungmann, já são quatro inquéritos instaurados para apurar ameaças feitas à presidente do TSE.
No vídeo, Alves chama o STF de tribunal de “canalhas” e “vagabundos”, e afirmou não aceitar um resultado nesta eleição que não seja a vitória do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). “Olha aqui, Rosa Weber, não te atreve a ousar aceitar essa afronta contra o povo brasileiro, essa prova indecente do PT de querer tirar Bolsonaro do pleito eleitoral, acusando-o de desonestidade, de ser cúmplice numa campanha criminosa fraudulenta com o WhatsApp para promover notícias falsas”, diz.
Também nesta terça-feira, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, pediu ao Ministério Público Militar que investigue o vídeo do coronel da reserva. Segundo Jungmann, a PF já abriu, desde o início do processo eleitoral, um total de 2 007 inquéritos.