A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira mandado de busca e apreensão na Câmara dos Deputados e no Senado Federal contra parlamentares do PP. São alvos os deputados Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do partido. Os mandados foram autorizados pelo ministro Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato.
Além do gabinete do parlamentar na Câmara, agentes da PF também foram ao apartamento funcional de Eduardo da Fonte. Ele é investigado por suposta prática de associação criminosa, juntamente com outros os parlamentares do PP: Aguinaldo Ribeiro, Arthur Lira, Benedito de Lira, Ciro Nogueira, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria e Nelson Meurer. Segundo a TV GloboNews, o ex-parlamentar Márcio Junqueira também é procurado pelos agentes, que tentam cumprir um mandado de prisão contra o ex-deputado de Roraima.
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a Procuradoria-Geral da República. De acordo com denúncia do Ministério Público Federal feita em setembro de 2017, os parlamentares seriam integrantes do núcleo político de uma organização criminosa voltada ao cometimento de delitos contra a Câmara dos Deputados, entre outros, visando “a arrecadação de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos da administração pública direta e indireta”.
O deputado Eduardo da Fonte ainda está no Recife, informou sua assessoria de imprensa. Assessores do parlamentar disseram desconhecer detalhes da operação da PF. A previsão era de que Da Fonte chegasse a Brasília na tarde desta terça-feira.
Em nota, a defesa de Ciro Nogueira afirmou que está acompanhando as buscas que estão sendo realizadas na residência e no gabinete do senador. Nogueira está fora do Brasil e não foi localizado pelos advogados. “Desconhece a defesa, até o presente momento, as razões da determinação judicial do Ministro Fachin. É certo que o Senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário, prestando depoimentos sempre que necessário e, inclusive, já foi alvo de busca e apreensão”, diz o texto. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que representa o senador, diz aguardar contato com Nogueira para ter “o necessário instrumento de poderes que dará direito ao acesso aos fundamentos da medida de busca e apreensão”.
(Com agências Estadão Conteúdo e Reuters)