PF indica que Adélio Bispo agiu sozinho em ataque a Bolsonaro
Análise das movimentações bancárias também descartou hipótese de que crime teria sido encomendado
A Polícia Federal (PF) não identificou outros envolvidos, além de Adélio Bispo de Oliveira, no ataque a faca contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no dia 6 de setembro em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). A PF informou que o inquérito que investiga o atentado deve ser concluído nesta semana.
Após ouvir mais de trinta pessoas, quebrar os sigilos financeiro, telefônico e telemático de Adélio, o delegado federal Rodrigo Morais e sua equipe não encontraram nenhum indício de que o autor da facada tenha agido a mando de outra pessoa ou grupo.
A PF também não encontrou nenhuma movimentação suspeita ao analisar as contas bancárias de Adélio. O único depósito em espécie, considerado anormal no período, era referente a um acerto trabalhista. O cartão de crédito internacional, encontrado na pensão onde ele se hospedou, nunca foi utilizado.
O órgão também confirmou que Adélio trabalhou em um açougue e como sushiman, o que indica perícia no manejo de facas. As investigações ainda confirmaram que o acusado estava em posse da arma meses antes do crime.
Um novo inquérito será instaurado para apurar novos fatos decorrentes das investigações. Na última quinta-feira, a PF pediu à 3ª Vara Federal de Juiz de Fora a prorrogação por quinze dias do primeiro inquérito que investiga o atentado contra Bolsonaro, para poder “encerrar diligências indispensáveis à finalização do procedimento”.
(Com Estadão Conteúdo)