Depois de se entregarem à Polícia Federal e passarem por exames de corpo de delito, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), e os deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos do PMDB, foram levados pela Polícia Federal à cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
O presídio abriga os presos pelo braço fluminense da Operação Lava Jato, incluindo o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), réu em 15 processos e já condenado a 72 anos de prisão.
Alvos da Operação Cadeia Velha, que apura o pagamento de propinas por empresas de ônibus e empreiteiras, Picciani, Melo e Albertassi tiveram as prisões preventivas decretadas nesta quinta-feira pela 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Todos os cinco desembargadores que participaram da sessão votaram pelas prisões.
A decisão do TRF2 de prender preventivamente os parlamentares será analisada pela Alerj em sessão extraordinária convocada para as 15h de amanhã. Para derrubar a decisão dos desembargadores, é necessária maioria absoluta dos votos, ou seja, 36 entre os 70 deputados estaduais. A sessão só começará quando 36 deputados tiverem registrado presença no plenário da Casa.
A oposição na Alerj reconhece que os aliados de Picciani e do governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) têm maioria, mas convocou protesto para pressionar os parlamentares. O ato está previsto para as 12h, em frente ao Palácio Tiradentes, sede do Legislativo do Rio, no Centro da capital.