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Por ameaças a Bolsonaro, uso de carro aberto será decidido no dia da posse

Ministro Sérgio Etchegoyen (GSI) apresentou esquema de segurança que será utilizado na cerimônia de 1º de janeiro

Por Da Redação Atualizado em 18 dez 2018, 17h23 - Publicado em 18 dez 2018, 16h02

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, afirmou nesta terça-feira, 18, que as ameaças contra o presidente eleito Jair Bolsonaro continuam “vivas” e que a decisão de usar ou não um carro aberto na posse do novo governo será tomada no dia da cerimônia – e contará com a avaliação de Bolsonaro.

Etchegoyen observou que apenas um caso de ameaça contra Bolsonaro foi esclarecido até o momento, em referência a uma operação da Polícia Federal (PF) que cumpriu mandados no Rio de Janeiro. “Toda ameaça só deixa de ser ameaça quando é plenamente esclarecida. Se ameaças ainda não foram [esclarecidas], são ameaças vivas, é dessa forma que tratamos”, defendeu o ministro durante entrevista nesta terça.

Etchegoyen não quis informar qual o tamanho do efetivo de segurança que será empregado durante a cerimônia e se serão usados atiradores de elite, mas confirmou que a equipe será maior que em posses anteriores. O ministro também descartou o uso de bloqueadores de celular durante a cerimônia. “O que vai ser bloqueado serão os sinais com frequências eletromagnéticas de controle de drones, que não serão autorizados, de nenhuma natureza, e as chamadas frequências piratas, clandestinas”, afirmou Etchegoyen.

Por causa do tamanho da família do presidente eleito, o ministro Etchegoyen reiterou que haverá aumento do contingente envolvido na segurança presidencial, mas não revelou o número de pessoas. Como três filhos de Bolsonaro são parlamentares (Eduardo foi eleito deputado federal, Flávio assumirá uma vaga no Senado e Carlos tem um mandato de vereador), Etchegoyen pediu ao Congresso e à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro que assumam a segurança nesses casos.

As questões de segurança e de espaço também vão limitar os convites para a cerimônia no Palácio do Planalto, segundo o general Augusto Heleno, futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional. “Estamos prevendo que é impossível convidar todos os parlamentares. A ideia é convidar os líderes dos partidos”, informou.

Já no Itamaraty, está prevista a presença de 2.000 a 2.500 pessoas. De acordo com o embaixador Carlos França, que vem coordenando o cerimonial da posse, estão confirmados até o momento nove chefes de Estado, dois vice-presidentes, oito chanceleres e dois altos dirigentes de organizações internacionais. Entre eles, Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos, que deverá chefiar a comitiva americana.

Programa

As barreiras de segurança e as restrições de acesso serão maiores que em anos anteriores. Serão montadas barreiras com revista pessoal, detectores de metal e pórticos em quatro posições ao longo da Esplanada dos Ministérios. O esquema prevê que o acesso só poderá ser feito a pé, a partir da rodoviária que fica no início da Esplanada. A expectativa é que de 250.000 a 500.000 pessoas acompanhem a cerimônia no local.

A segurança também determinou que será proibido o acesso com objetos como bolsas e mochilas, carrinhos de bebê, máscaras, garrafas – mesmo as plásticas –, guarda-chuvas, objetos cortantes, apontadores de laser e armas de fogo. A Esplanada será fechada à zero hora do dia 30 e só será reaberta às 8 horas do dia 2 de janeiro. Não haverá expediente no dia 31 e as forças de segurança começarão a ocupar os espaços já no dia 30.

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A previsão no dia 1º é que o presidente eleito saia da Granja do Torto, onde está morando provisoriamente, às 14 horas e comece o desfile na Esplanada dos Ministérios às 14h30. A cerimônia de posse no Congresso Nacional está marcada para às 15 horas.

Depois do Congresso, Bolsonaro sobe a rampa do Palácio do Planalto, recebe a faixa presidencial do presidente Michel Temer (MDB) no Parlatório e discursa em seguida. Já Temer, ao deixar o Planalto rumo a São Paulo, não decidiu ainda se descerá a rampa, como fez Lula em 2011, ao entregar o governo para Dilma Rousseff, ou sairá por uma porta lateral, como fez Fernando Henrique Cardoso, em 2003, na posse de Lula.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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