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Presidência acusa ‘armação de meliantes’ para atacar Temer

Áudios divulgados pela VEJA desta semana revelam conversas entre executivos da JBS sobre o acordo de delação premiada que estava sendo firmado

Por Da redação
30 set 2017, 08h58

A Presidência da República divulgou nota nesta sexta-feira chamando de “grande armação” de um “grupo de meliantes” o conteúdo das gravações feitas pelos executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, da Honding J&F. Nos áudios divulgados pela VEJA desta semana, os executivos falam sobre o acordo de delação premiada que estava sendo negociado com a Procuradoria-Geral da República e as chances de conseguirem obter os benefícios que buscavam.

“A cada nova revelação das gravações acidentais dos delatores da JBS, demonstra-se cabalmente a grande armação urdida desde 17 de maio contra o presidente Michel Temer. De forma sórdida e torpe, um grupo de meliantes aliou-se a autoridades federais para atacar a honradez e dignidade pessoal do presidente, instabilizar o governo e tentar paralisar o processo de recuperação da economia do país”, afirma a nota da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

A nota da Presidência reproduz um dos trechos da conversa dos executivos revelados por VEJA. “Eu acho, Fernanda, que precisam construir melhor a história do Temer. Não ficou muito claro. Eu acho que quando ouviram o Temer não gostaram muito. Tinham uma expectativa maior”.

Para a Secom, houve uma conspiração para tentar derrubar o presidente. “As acusações caem uma após a outra, revelando a verdade da conspiração que foi construída durante meses.”

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A Secom afirma que “o país não pode ficar nas mãos de criminosos e bandidos que manipulam autoridades, mercado, mídia e paralisam o país”. E também faz uma crítica à Procuradoria-Geral da República. “Não se pode mais tolerar que investigadores atuem como integrantes da Santa Inquisição, acusando sem provas e permitindo a delatores usarem mecanismos da lei para fugir de seus crimes.”

 

Leia a íntegra da nota da Secom

A cada nova revelação das gravações acidentais dos delatores da JBS, demonstra-se cabalmente a grande armação urdida desde 17 de maio contra o presidente Michel Temer. De forma sórdida e torpe, um grupo de meliantes aliou-se a autoridades federais para atacar a honradez e dignidade pessoal do presidente, instabilizar o governo e tentar paralisar o processo de recuperação da economia do país.

Agora, descobre-se que integrantes do Ministério Público Federal ficaram decepcionados com a gravação que usaram para embasar a primeira denúncia contra o presidente. “Eu acho, Fernanda, que precisam construir melhor a história do Temer. Não ficou muito claro. Eu acho que quando ouviram o Temer não gostaram muito. Tinham uma expectativa maior”. E isso dito por Ricardo Saud, uma das vozes usadas para atacar o presidente por dias, semanas, meses no noticiário nacional.

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As acusações caem uma após a outra, revelando a verdade da conspiração que foi construída durante meses. “Eles querem f…r o PMDB”, sentencia o advogado Francisco de Assis, sem saber que está sendo grampeado por Joesley Batista. Mostrando todo planejamento da ação controlada que o grupo da JBS tentou fazer contra o país, Assis acrescenta:

“Viu, seguinte, Joesley, no momento certo, temos de dar sinal pro Lúcio pular dentro. Aí ele fecha a tampa do caixão”. Falavam sobre Lúcio Funaro, delator que foi incluído numa segunda denúncia contra o presidente pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, cujas ambições de comandar o país são ressaltadas pelos delatores. “Janot quer ser o presidente da República, ou indicar quem vai ser”, diz Joesley. Funaro, por sua vez, já havia enganado o Ministério Público Federal e a Justiça em delação anterior. Não mudou suas práticas.

O país não pode ficar nas mãos de criminosos e bandidos que manipulam autoridades, mercado, mídia e paralisam o país. É hora de retornar o caminho do crescimento e da geração de emprego. Não se pode mais tolerar que investigadores atuem como integrantes da Santa Inquisição, acusando sem provas e permitindo a delatores usarem mecanismos da lei para fugir de seus crimes. Cabe agora, diante de tão grave revelação, ampla investigação para apurar esses fatos absurdos e a responsabilização de de todos os envolvidos, em todas as esferas.”

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