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Presidenciáveis, Moro e Tebet miram o mesmo alvo: o mercado financeiro

Ex-juiz da Lava-Jato terá rodada de encontros com atores econômicos a partir de segunda-feira

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 mar 2022, 17h38 - Publicado em 27 nov 2021, 09h05
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  • Em uma eleição cuja principal preocupação do eleitor será com o desemprego e o descontrole da inflação, dois presidenciáveis da chamada terceira via intensificaram nos últimos dias conversas e reuniões reservadas com atores econômicos, grandes empresários e representantes de instituições financeiras para apresentar suas propostas para a disputa eleitoral de 2022. Sergio Moro (Podemos) e Simone Tebet (MDB) apostam que conquistar a simpatia do mercado financeiro será um importante tento para se tornarem competitivos no pleito liderado com folga pelo ex-presidente Lula.

    Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de votos, Moro quer se apresentar aos grandes empresários como um antagonista do PT mais estável do que o presidente Jair Bolsonaro. Ele tem mantido reuniões frequentes com o economista Affonso Pastore e deve se expor nos encontros como um ferrenho defensor da reforma administrativa, das privatizações, da obediência ao teto de gastos e de políticas de combate à fome. Depois de uma primeira reunião com representantes do Crédit Suisse, o ex-juiz da Lava-Jato pretende iniciar a partir de segunda-feira uma grande rodada de conversas com bancos, corretoras e agências de análise de risco para divulgar suas propostas. As primeiras serão a XP Investimentos e a Eurasia.

    Simone Tebet, por sua vez, apresentou há poucas semanas o que pensa da corrida presidencial em um jantar reservado em São Paulo, que tinha entre os convidados Benjamin Steinbruch e Luiza Trajano. Segundo interlocutores presentes ao encontro, ela afirmou que o país esta cansado de “desgovernos” como o de Jair Bolsonaro e disse que os candidatos devem trabalhar para desidratar as intenções de voto do presidente, que tentará a reeleição, e enfrentar um adversário que considera inevitável: o ex-presidente Lula.

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