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PSB, PSDB e Rede se reúnem nesta terça para definir apoios no 2º turno

No primeiro turno, pessebistas fizeram acordo com PT; tucano FHC descartou apoiar Bolsonaro

Por Da Redação Atualizado em 9 out 2018, 14h36 - Publicado em 9 out 2018, 08h44
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  • Dois dias após o fim do primeiro turno das eleições, os partidos políticos se reúnem para definir o apoio aos candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). A expectativa é que PSB, PSDB, Rede, DC e PPL anunciem suas decisões nesta terça-feira, em Brasília.

    Informalmente, alguns líderes políticos sinalizaram como atuarão nesta reta final. O comando do PDT, do candidato Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, indicou que deve assumir um “apoio crítico” à candidatura de Haddad. No primeiro turno, o PSB fez um acordo de neutralidade com o PT para evitar um apoio formal ao pedetista.

    Sofrendo com uma redução nos quadros, o PSDB, que lançou o candidato Geraldo Alckmin, deve ter uma divisão interna, segundo analistas políticos. Mesmo se houver uma decisão fechada em torno de um dos nomes, a tendência é de racha. A vice na chapa de Alckmin, Ana Amélia, afirmou que apoiará Bolsonaro.

    Após ter atribuída a si uma fala que explicita apoio a Haddad, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou em sua conta no Twitter que não apoiaria nenhum dos dois. “Por que haveria de me pronunciar sobre candidaturas que ou são contra ou não se definem sobre temas que prezo para o país e o povo?”

    Mais tarde, ao jornal O Globo, FHC descartou enfaticamente qualquer apoio ao candidato do PSL. “Nenhum dos dois é do meu agrado, mas o Bolsonaro está excluído. Não tem sentido”, afirmou ao blog do jornalista Bernardo Mello Franco. Mas também evitou anunciar apoio a Haddad. “Por que eu vou sair correndo para apoiá-lo? Vou esperar”, disse

    Nas redes sociais, o candidato do PPL à Presidência, João Goulart Filho, fez elogios a Ciro Gomes, mas não apontou se pretende apoiar Bolsonaro ou Haddad. A candidata da Rede, Marina Silva, fez severas críticas aos dois que disputarão o segundo turno.

    Quinto mais votado, o estreante João Amoêdo (Novo), disse que avalia um eventual apoio a Bolsonaro e elogiou as ideias liberalizantes de Paulo Guedes. “O problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Bolsonaro, como deputado, nunca foi um grande defensor dessas pautas”, ponderou o candidato.

    Reuniões

    A Comissão Executiva Nacional do PSB se reúne, às 14h30, na sede do partido, em Brasília. Às 15 horas, a Executiva nacional do PSDB também se encontra na capital federal. O PPL, que lançou João Goulart Filho, é outro partido que se reúne nesta terça-feira em Brasília.

    A expectativa é de que Rede e o DC, de Eymael, anunciem nesta terça também seus apoios. O MDB, presidido pelo senador Romero Jucá (MDB-RR), que perdeu a reeleição, deve se reunir na quarta, 10, na capital federal. Já o PSTU, de Vera Lúcia, marcou o anúncio para o dia 11.

    O Podemos, que lançou Alvaro Dias, além do Novo e o PV ainda não marcaram seus encontros para definir o tema. O PSOL, do presidenciável Guilherme Boulos, já anunciou que apoiará Haddad.

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    Acenos

    Haddad terá encontros hoje com governadores do PT e correligionários, em São Paulo. Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista diz que pode adaptar seu programa de governo para construir uma “aliança democrática” contra Bolsonaro no segundo turno.

    “Tenho total tranquilidade em ajustar parâmetros do programa para que ele seja o mais representativo dessa ampla aliança democrática que pretendemos fazer”, afirmou Haddad, que quer selar um acordo com o pedetista Ciro Gomes e também fez acenos a Guilherme Boulos (PSOL) e chamou Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) de “candidatos que respeito”.

    Bolsonaro afirmou que pretende se reunir com o economista Paulo Guedes, apontado como seu eventual ministro da Fazenda. O candidato deverá permanecer em casa, no Rio de Janeiro. Amanhã (10), ele será examinado por uma junta médica para poder definir sua agenda de campanha.

    O candidato do PSL disse que manterá seu discurso no segundo turno. “Não posso virar o Jairzinho paz e amor e me violentar. Tenho que continuar sendo a mesma pessoa”, afirmou, ao ser questionado se flexibilizaria algumas de suas propostas em um aceno ao centro político.

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    (Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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