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PTB da Câmara reafirma indicação de Cristiane Brasil a ministério

Deputados petebistas entendem que decisões da Justiça que barraram a posse dela no Trabalho são uma interferência indevida no Executivo

Por Da redação
Atualizado em 6 fev 2018, 20h07 - Publicado em 6 fev 2018, 19h52
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  • Deputada Cristiane Brasil (PTB) (PTB Brasil/Flickr)

    Os deputados federais do PTB se reuniram na tarde desta terça-feira e decidiram reafirmar a indicação da deputada Cristiane Brasil (RJ) ao Ministério do Trabalho do governo do presidente Michel Temer (MDB), ocupado por um interino desde o dia 27 de dezembro, quando o ex-ministro Ronaldo Nogueira pediu demissão.

    Apesar das derrotas da nomeação de Cristiane na Justiça e do desgaste do nome dela nos últimos dias, uma nota assinada pelo líder do partido na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO), afirma que os deputados petebistas entendem que a deputada “tem a competência e as condições necessárias para comandar a pasta”.

    Para a bancada do PT na Casa, as sucessivas decisões da Justiça que barraram a posse de Cristiane Brasil na pasta, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF), representam uma “interferência” do Judiciário “em uma atribuição que é privativa do chefe do Poder Executivo federal, que é a indicação dos ministros de Estado”. A manutenção da indicação de Cristiane é uma mostra da força do pai dela, o ex-deputado Roberto Jefferson, dentro do partido. Presidente nacional do PTB, cargo que lhe dá poder sobre a destinação de recursos a campanhas políticas, Jefferson é o principal fiador da nomeação da filha.

    Cristiane foi nomeada por Michel Temer no início de janeiro, mas não pôde assumir o cargo porque a Justiça Federal de Niterói atendeu a uma ação popular movida advogados contra a posse dela. A ação se baseou nas notícias de que a deputada foi condenada na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro a pagar 60.000 reais a um ex-motorista por não assinar sua carteira de trabalho e buscou um acordo com outro profissional, fechado por 14.000 reais, para evitar a condenação.

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    Em uma estratégia de evitar recorrer pela posse da ministra ao STF durante o recesso do Judiciário, a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa o governo juridicamente, e a própria Cristiane Brasil tentaram derrubar a decisão na Justiça Federal de primeira instância e no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), sem sucesso.

    Quando os recursos chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Humberto Martins, vice-presidente da Corte, autorizou a posse. Horas antes da concretização da nomeação de Cristiane, no entanto, a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, suspendeu a posse temporariamente, alegando que ainda não havia recebido a decisão foi tomada por Martins.

    Na última semana, enquanto Cármen não decide permanentemente sobre a nomeação da deputada ao ministério, Cristiane Brasil sofreu desgaste ao vir a público um vídeo gravado por ela em um barco em que ela, rodeada por homens sem camisa, ironizou as ações trabalhistas de que foi alvo e a própria Justiça do Trabalho. “Todo mundo tem direito de pedir qualquer coisa na Justiça, todo mundo pode pedir qualquer coisa abstrata. O negócio é o seguinte: quem é que tem direito? Ainda mais na Justiça do Trabalho”, disse a petebista.

    Em seguida, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que o Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito para investigar Cristiane Brasil pelo crime de associação para o tráfico durante a campanha eleitoral de 2010. A investigação apura se Cristiane, o deputado estadual fluminense Marcus Vinícius (PTB) e assessores pagaram a traficantes do bairro Cavalcanti, Zona Norte do Rio, para ter o “direito exclusivo” de fazer campanha na região.

    No último domingo, o programa Fantástico, da TV Globo, veiculou a gravação de uma reunião em que Cristiane Brasil aparece pressionando servidores públicos da Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2014, a pedirem votos para sua campanha ao Congresso. A parlamentar, então secretária especial do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, afirma que, se não fosse eleita, os funcionários perderiam seus cargos. “Eu só tenho um jeito de manter o emprego de vocês. É me elegendo” diz ela no áudio.

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    Em nota divulgada ontem, Cristiane afirmou que vem “sofrendo uma campanha difamatória” que busca impedir sua posse no Ministério do Trabalho. Ela disse estar sendo julgada “política e não juridicamente” e que tem “a ficha limpa”. “Não devo mais nada à Justiça Trabalhista. Estou sendo julgada política e não juridicamente. Tenho a ficha limpa. Mas, infelizmente, o meu julgamento superou essa esfera. Preciso que o STF decida essa questão, para que eu possa seguir minha vida política”, declarou.

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