Queiroz também foi beneficiado por decisão de Toffoli, diz defesa
Advogado do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que também serão contemplados outros deputados e ex-deputados estaduais citados pelo Coaf
O advogado Paulo Klein, contratado por Fabrício Queiroz, afirmou que seu cliente também foi beneficiado pela decisão do ministro Dias Toffoli de paralisar investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
Segundo Klein, a liminar concedida pelo presidente do STF “abarca toda e qualquer investigação” iniciada com base em relatorios do Coaf obtidos sem autorização judicial.
Suspeito de ser o operador do esquema conhecido como “rachadinha”, Queiroz trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj de 2007 a 2018. Ao longo de 2016, o ex-assessor movimentou 1,2 milhão de reais em sua conta bancária, com uma série de saques e depósitos fracionados considerados atípicos pelo Coaf.
Flávio e Queiroz tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados por determinação da Justiça. Reportagem de VEJA mostrou que, ao solicitar a medida, o MPRJ apontou indícios de que Flávio Bolsonaro tenha utilizado a compra e venda de imóveis no Rio de Janeiro para lavar dinheiro.
Para o advogado de Queiroz, também serão beneficiados outros deputados e ex-deputados estaduais – e os seus respectivos assessores – citados em relatórios do Coaf e que também estavam sendo investigados pelo MPRJ.
A decisão, afirmou Klein, também interromperá investigações em todo o país que não estão relacionadas aos parlamentares fluminenses e que também foram mencionados em relatórios feitos pelo Coaf.
Com base em relatórios do Coaf, o MPRJ havia decidido investigar 22 núcleos suspeitos – cada um deles é composto por parlamentares e assessores.