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‘Quero saber como estão os coxinhas. Cadê as panelas?’, diz Lula

Em discurso à militância do PT em Diadema, o petista atacou a decisão de Sergio Moro e voltou a falar em ser candidato em 2018

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h03 - Publicado em 15 jul 2017, 17h03

Com ataques à elite e críticas à sentença de Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu o tom do que já se desenha como campanha para as eleições presidenciais de 2018. O petista falou à militância neste sábado, durante a posse da nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) de Diadema, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. “Quero saber como estão os coxinhas depois de o Michel Temer governar esse país como está governando. Cadê as panelas, ‘acabou’ as panelas?”, questionou. “Cadê o pessoal que pinta a cara para defender eles?”.

O petista voltou a dizer que o juiz usou de visão política em sua condenação e afirmou nunca ter acreditado que seria absolvido. “Eles não estão julgando o Lula, estão julgando o nosso governo e as coisas boas que fizemos nesse país”, disse Lula.

Em discurso inflamado, o petista insistiu que a única prova que existe no processo de Moro, que o condenou a 9 anos e 6 meses de prisão, é a de sua inocência. “Se o Ministério Público provar algum contrato, alguma assinatura, um pagamento, algum cheiro meu naquele apartamento, eu peço desculpas a vocês e fico quieto”, comentou. “Enquanto isso, vou andar por esse país para vocês me julgarem”.

“Nós” e “eles”

No discurso aos militantes do partido, Lula lembrou os anos do PT no governo e seguiu a linha de suas falas antes de chegar à Presidência, ao prometer defender os interesses das classes econômicas desfavorecidas. “Sou presidente de todos, mas todos sabem que tenho lado e para quem vou governar”, declarou.

Em referência à elite econômica, chamada de “eles”, o petista disse que é “é motivo de orgulho uma empregada doméstica ter um celular, poder ter carro”, mas que “o que nós temos orgulho, parece que eles têm ódio”. “Me parece que eles não querem que as pessoas de baixo subam um degrau na escada da evolução social desse país”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

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