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Pressionado, Temer afirma que reforma ministerial é ‘inevitável’

Presidente diz ser alvo de ‘pleitos’ de partidos aliados para mexer no primeiro escalão do governo se quiser aprovar projetos como a reforma da Previdência

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h50 - Publicado em 9 nov 2017, 18h36
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  • O presidente Michel Temer (PMDB), pressionado por parlamentares, disse nesta quinta-feira que é “inevitável” uma reforma ministerial no governo e, sem dar detalhes, disse que saberá “o momento certo” para fazer mudanças na Esplanada dos Ministérios. “Eu saberei o tempo certo para fazer, o momento certo para fazer reforma. Toda vez que você governa, essas reformas estão sempre em cogitação, eu saberei o momento certo de fazê-las”, afirmou Temer, ao final de um evento no Palácio do Planalto em que ele anunciou investimentos em infraestrutura.

    Questionado se as mudanças nos ministérios terão de ser feitas antes do que ele esperava – em março, quando ministros terão de deixar seus cargos se quiserem disputar as eleições –, o presidente respondeu apenas “acho que não, acho que não”. Pressionado por partidos da base aliada a mexer no primeiro escalão do governo, Temer admitiu ter recebido “pleitos”. “Eu reconheço que há pleitos e, como muitos ministros vão deixar seus cargos, é claro que a reforma será inevitável”, afirmou.

    Líderes governistas, sobretudo do chamado “Centrão”, condicionam a aprovação no Congresso de medidas econômicas propostas pelo Planalto, como a reforma da Previdência, ao rearranjo nos ministérios, em especial redistribuição das quatro pastas ocupadas pelo PSDB (Cidades, Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos). Rachado internamente, o partido tem uma ala expressiva que defende o desembarque do governo. “Ou muda ou não vota mais nada aqui”, declarou na última terça-feira o deputado Arthur Lira (AL), líder do PP na Câmara.

    Indagado sobre se teria os 308 votos necessários para aprovar as mudanças nas aposentadorias, Temer foi evasivo. “Vamos contando pouco a pouco os votos”, disse. Diante das dificuldades para reunir apoio às medidas, no entanto, o governo aceitou alterações no texto original da reforma da Previdência.

    O relator da proposta na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou nesta quinta-feira que o novo texto deve ficar pronto até o fim da tarde. Entre as alterações na reforma, que irá a votação diretamente no plenário da Casa, está a retirada do aumento do tempo mínimo de contribuição para 25 anos – ou seja, valerá a regra atual, de tempo mínimo de 15 anos.

    Apesar de dizer que o texto deve ser concluído nesta quinta, o relator afirmou que nenhum dos líderes partidários deu garantia de que a nova proposta será aprovada no Congresso.

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