O relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, senador Confúcio Moura (MDB-RO), disse em entrevista ao programa Os Três Poderes, de VEJA, nesta sexta-feira, 26, que “o governo está demonstrando vontade de acertar suas contas”, o que vai ajudar, na visão dele, o “Brasil voltar a crescer”.
“O Brasil precisa passar por uma nova fase da questão do ajuste fiscal como um programa de desenvolvimento do país. Ajustar as contas repercute positivamente no mercado, repercute nos investimentos estrangeiros. Então, o ajuste das contas publicas dá um equilíbrio para os investimentos dos empresários, para contraírem seus empréstimos e fazer suas melhorias e expansões”, afirmou Moura.
“O desajuste econômico repercute negativamente. Essa questão do ajuste fiscal tem um efeito psicológico muito grande na economia. O governo está demonstrando vontade de acertar suas contas e, acertado as contas, o Brasil volta a crescer. Ajustando as contas públicas o planejamento será melhor executado”, acrescentou. “Não pode ser um governo gastador”, concluiu o senador.
O parlamentar também falou sobre a votação da proposta, que deve ocorrer em agosto, na volta do recesso, e também sobre a questão tributária.
O programa, apresentado pelo editor Ricardo Ferraz e comentado pelos colunistas Matheus Leitão, Ricardo Rangel e Marcela Rahal, tratou ainda sobre os embates do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a conclusão da privatização da Sabesp e as eleições na Venezuela, marcada para este domingo, 28.
VITÓRIA DUPLA
Com a privatização da Sabesp, concretizada na terça, o governador Tarcísio de Freitas obteve uma dupla vitória, conforme mostra capa de VEJA. No campo econômico, a venda de 32% das ações da empresa rendeu aos cofres paulistas o montante de R$ 14,7 bilhões. Na arena política, o sucesso na empreitada mostrou uma grande capacidade de articulação e uma estratégia bem-sucedida de convencimento de diversos atores. Além disso, aumentou ainda mais a bolsa de apostas de que o político será a principal força de oposição na disputa ao Planalto em 2026. Em entrevista a VEJA, ele fala sobre o negócio da companhia de saneamento, o cenário eleitoral e faz críticas ao governo Lula.