Aliado de Bolsonaro, Arthur Lira derrota Baleia e vai comandar a Câmara

Com a vitória do líder do Centrão sobre o candidato de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente terá aliados no comando das duas Casas do Congresso

Por Da Redação Atualizado em 1 fev 2021, 23h20 - Publicado em 1 fev 2021, 18h35

Arthur Lira (PP-AL), ao centro (com o punho esquerdo para o alto), comemora com deputados a sua vitória na Câmara (Clelia Viana/Câmara dos Deputados)

Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), um dos líderes do Centrão, foi eleito presidente da Câmara em primeiro turno com 302 votos contra 145 do seu principal adversário, Baleia Rossi (MDB-SP) — que era apoiado pelo até então presidente da Casa, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e pelos partidos de oposição, como PT, PDT e PCdoB.

A disputa pelo comando da Casa ficou tensa desde sábado quando o DEM, partido de Maia, decidiu abandonar o bloco de Baleia e anunciar neutralidade na disputa. Na sequência, o PSDB também declarou isenção na disputa e liberou os seus parlamentares.

A vitória de Lira — sem a necessidade de segundo turno — representa uma vitória para Bolsonaro e uma grande derrota para a oposição e para Maia, e deve ter impacto, não só na condução da pauta da Câmara, mas no rearranjo político para as eleições de 2022.

Senado

Também com o apoio de Bolsonaro, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito presidente do Senado para os dois próximos anos, com direito à reeleição por igual período. Ele derrotou Simone Tebet (MDB-MS) por 57 votos a 21.

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O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Além do apoio do governo, Pacheco também tinha o apoio do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e de vários partidos, incluindo o oposicionista PT e o MDB da própria Simone Tebet, que lançou candidatura avulsa.

Outros três candidatos renunciaram momentos antes da votação: Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Major Olímpio (PSL-SP) e Lasier Martins (Podemos-RS) – todos eles declararam apoio a Simone Tebet, o que não mudou o favoritismo de Pacheco.