Sérgio Cabral é denunciado pela 13ª e pela 14ª vez na Lava Jato
Desdobramento da Lava Jato investiga o recebimento de R$ 122,8 milhões em propina por Sérgio Cabral
O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu nesta terça (8) duas novas denúncias contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Se a Justiça aceitá-las, o peemedebista passará a responder a 14 processos.
As denúncias partiram da Operação Ponto Final, desdobramento da Operação Lava Jato que investigou corrupção no sistema de transporte público do Rio de Janeiro envolvendo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros (Fetranspor).
Cabral está preso desde o fim do ano passado, devido a investigações da Lava Jato. É acusado de receber propina por obras durante a sua gestão à frente do governo do estado, entre 2007 e 2014.
Operação Ponto Final
No início de julho, investigações do Ministério Público Federal (MPF) indicaram que Sérgio Cabral recebeu 122,8 milhões de reais em propinas de empresas de ônibus entre os anos de 2010 e 2016.
O esquema das firmas de transporte, que segundo o MPF funcionava para garantir tarifas e contratos com o governo estadual, teria alcançado 260 milhões de reais. Três pessoas foram presas na ocasião: o empresário Jacob Barata Filho, o presidente da Federação das Empresas de Transportes do Estado (Fetranspor), Lélis Teixeira, e o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), que fiscaliza o setor, Rogério Onofre.
Para os procuradores, a organização se dividia em quatro núcleos: o econômico, formado pelas empresas organizadas em cartel; o operacional, com a responsabilidade de fazer a lavagem de dinheiro; o administrativo, composto por gestores públicos do estado; e o político, integrado “pelo líder da organização Sergio Cabral”.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)