O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus a Carlos Alberto Braga, acusado pelo Ministério Público Federal de operar uma empresa que funcionava como banco clandestino do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
Conhecido como “Algodão”, Braga era funcionário da TransExpert, transportadora que foi usada por uma rede de doleiros para lavar dinheiro no esquema comandado por Cabral. Ele foi um dos alvos da operação Câmbio, Desligo, deflagrada em maio de 2018. O principal alvo da investigação, o doleiro Dario Messer, só foi preso no dia 31 de julho deste ano, depois de ficar mais de um ano foragido.
Segundo a denúncia, Braga era o responsável por gerar falsos registros de transporte de dinheiro vivo através da empresa. Nesses casos, para não chamar atenção, eram usados carros blindados leves, e não carros-fortes, como geralmente acontece neste tipo de serviço. Neste braço do esquema, Cabral teria recebido R$ 23,9 milhões em propina, entre os anos de 2011 e 2014.
Na decisão, tomada pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça por unanimidade, os ministros alegaram o fato de Braga não trabalhar mais na TransExpert, não se beneficiar do esquema e não agir como doleiro.