O presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta sexta-feira que é alvo de uma “perseguição criminosa disfarçada de investigação” no âmbito do chamado inquérito dos portos conduzido pela Polícia Federal, e disse que, se pensam que vão derrubá-lo, não conseguirão.
Temer fez o pronunciamento em resposta à uma reportagem publicada nesta sexta pelo jornal Folha de S.Paulo que afirma que uma das principais suspeitas da PF, no âmbito do inquérito que apura as relações do presidente com empresários do setor dos portos, é o de que o emedebista tenha utilizado compra e reforma de imóveis de familiares para lavar dinheiro da propina.
Aspectos do inquérito foram revelados por VEJA ao longo das últimas semanas. Em uma das diligências realizadas, a que foi feita no escritório do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, foram encontrados recibos de pagamento de uma reforma feita na casa de Maristela de Toledo Temer, filha do presidente da República. Conhecido como Coronel Lima, o militar reformado seria um dos operadores de valores para o presidente.
De acordo com o jornal, a investigação mostra até o momento que Temer recebeu, por meio de um amigo, ao menos 2 milhões de reais de propina em 2014, mesmo ano em que foram feitas reformas em valores semelhantes em propriedades de familiares do presidente, incluindo uma de suas filhas.