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Temer e Maia têm jantar ‘de amigos’ após mal-estar

Durante o dia, o PMDB negou que esteja tentando atrair os deputados dissidentes do PSB, cobiçados pelo DEM

Por Da redação
19 jul 2017, 00h58

O presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniram na noite desta terça-feira, em Brasília. O jantar “entre amigos”, como definiu o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, aconteceu na residência oficial de Maia, ao final de um dia marcado pelo mal-estar entre PMDB e DEM, que estariam disputando os deputados descontentes do PSB para engrossar suas respectivas bancadas.

“Foi uma reunião muito proveitosa”, disse Imbassahy, que negou que a questão partidária tenha sido discutida no encontro. Segundo o ministro, o principal tema do jantar, que durou duas horas e terminou por volta das 23h, foi a reforma da Previdência. Imbassahy classificou o clima entre Temer e Maia como “ótimo”.

O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também negou que a disputa pelos dissidentes do PSB tenha sido tema de conversa e afirmou que não existe crise entre o presidente da República e o da Câmara. “O que existe é muito ruído, num momento como esse, que se tenta jogar as pessoas umas contra as outras. Mas a maturidade dos dois não permite que esse desencontro comprometa a relação.”

A questão PSB

Insatisfeitos com a saída do PSB da base de Temer após a delação da JBS, alguns deputados do partido buscam migrar para outra sigla para seguir alinhados com o governo. O DEM, de Rodrigo Maia, e o PMDB, de Temer, seriam opções.

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Na manhã desta terça, Temer foi até a casa da deputada Tereza Cristina, líder do PSB na Câmara, mas o Planalto nega que o presidente tenha ido falar sobre uma possível filiação ao PMDB. A deputada, uma das insatisfeitas com a posição do partido, também conversou com Maia.

A movimentação irritou o presidente do PSB, Carlos Siqueira. “Um presidente da República, e um que parece pretender ser presidente, em vez de discutir os graves problemas do país, captam deputados agindo cada um como chefes de partido.”

No Twitter, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) negou qualquer articulação do partido para evitar a migração de deputados do PSB para o DEM e frisou que “o presidente do Brasil não trata de filiações partidárias”. “O PMDB não está atuando para barrar nenhuma filiação ao DEM, até porque o DEM é aliado de primeira hora. Desminto a tentativa de intriga.”

(Com Agência Brasil)

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