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Tropa de choque de Temer pede prisão de delatores da JBS

Deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) cobrou da Procuradoria-Geral da República a revogação dos benefícios concedidos aos executivos

Por Da Redação
Atualizado em 4 set 2017, 21h07 - Publicado em 4 set 2017, 21h01
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  • O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos integrantes da tropa de choque do presidente Michel Temer (PMDB), disse esperar que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, revise os benefícios da delação premiada dos donos da JBS, Wesley e Joesley Batista. “Ainda dá tempo. Esses empresários precisam estar na cadeia e não soltos fazendo altas negociações com dinheiro do BNDES. Se ele fizer a revisão [da delação] serei o primeiro a cumprimenta-lo”, afirmou.

    Perondi disse que a primeira denúncia que Janot apresentou contra Temer, por corrupção passiva, causou danos irrecuperáveis ao país. “Quantos negócios deixaram de ser feitos naquele tempo? O dano é irrecuperável e intangível”. Ele afirma acreditar que o risco de uma segunda denúncia ficou enfraquecido após a PGR revelar que um áudio pode acarretar na anulação do acordo de colaboração. “O país não precisa passar por uma nova perda fiscal, econômica e moral.”

    O peemedebista é um dos integrantes da comitiva que Temer levou para uma viagem oficial na China. Beto Mansur (PRB-SP), outro deputado que viajou para o país asiático com o presidente, declarou que não há mais fundamentação para Janot enviar outra denúncia ao Congresso. O procurador-geral da República pretende acusar Temer por obstrução à Justiça com base nas delações da JBS.

    “Temos falado sobre isso há muito tempo. Foi uma delação muito confusa e que deveria ser revista. Mas todo tempo é tempo”, disse Mansur. “Tenho dúvidas se essa denúncia será formulada. Dormi aqui na China achando que Janot apresentaria essa acusação. Quando chamou a coletiva, achei que esse seria o motivo. Mas, com essa nova posição, eu não acredito que terá uma denúncia. O próprio Janot está questionando o que foi apresentado.”

    Janot afirmou que uma eventual anulação da colaboração premiada não prejudicaria as provas coletadas até o momento pelo Ministério Público Federal. Segundo o procurador-geral da República, a medida só afetaria os delatores, que perderiam os benefícios adquiridos no acordo.

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    É uma conversa entre Joesley Batista, um dos donos da JBS, e Ricardo Saud, diretor da empresa, que poderá anular o acordo com a PGR. O diálogo entre os dois ocorreu exatamente dez dias após Joesley ter gravado uma reunião entre ele e Temer, no Palácio do Jaburu. 

    Janot declarou que o áudio possui indícios “gravíssimos” de que membros da PGR e integrantes do Supremo Tribunal Federal podem ter cometido atos ilícitos. Entre os citados está o ex-procurador Marcelo Miller, que atuou diretamente no gabinete da PGR, antes de pedir demissão e passar a trabalhar em um escritório de advocacia que prestou serviços para a JBS.

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