O presidente Jair Bolsonaro discutiu a crise da Venezuela na manhã desta terça-feira, 19, com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, na Blair House, onde está hospedado em Washington.
A reunião durou por volta de uma hora. Embora Almagro seja bastante acessível, esquivou-se da imprensa brasileira e alegou ter um compromisso urgente para não dar detalhes sobre o encontro. Os Estados Unidos, com apoio da OEA, pressionam o Brasil a convencer militares venezuelanos a transferir sua lealdade do líder Nicolás Maduro para o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó.
O governo brasileiro não deu informações sobre os temas discutidos nesse encontro. Pelo Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, afirmou que os principais temas discutidos no encontro de hoje foram as ditaduras do venezuelano Nicolás Maduro e em Cuba.
“Almagro, sempre atento às liberdades individuais, faz duras críticas e denúncias contra o regime venezuelano e cubano”, escreveu.
Além do presidente e do deputado federal, participaram do encontro os ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A OEA é um organismo internacional que reúne 35 estados independentes, o Brasil entre eles, e atua como fórum governamental político, jurídico e social. O bloco aprovou em janeiro uma declaração em que não reconhece a legitimidade do novo mandato de Maduro, iniciado em 10 de janeiro.
Antes da reunião com Bolsonaro, Almagro encontrou-se com o Grupo de Trabalho de Migração Venezuelana da OEA.
O presidente brasileiro terá ainda nesta terça-feira um encontro com o líder americano Donald Trump, na Casa Branca. Os dois participarão de conversa privada e de um almoço de trabalho.