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Weintraub deixa o Ministério da Educação

Agora ex-ministro divulgou vídeo em suas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro

Por André Siqueira, Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jun 2020, 18h04 - Publicado em 18 jun 2020, 16h06

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou, na tarde desta quinta-feira, 18, que deixará o governo Bolsonaro. A decisão foi comunicada em um vídeo, divulgado por volta das 16h em seu perfil nas redes sociais, no qual aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro por alguns minutos. O nome do substituto ainda não foi anunciado.

“Agradeço a todos de coração, em especial ao presidente Jair Bolsonaro. O melhor presidente do Brasil! Liberdade”, diz o post de Weintraub.

No vídeo, Weintraub afirma que iniciará a transição para que o próximo ministro assuma a pasta de maneira definitiva ou interina. Ele diz, ainda, que recebeu um convite para assumir o Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos. “Estou fechando um ciclo, presidente, e começando outro. Mas é claro que sigo apoiando o senhor, como fiz nos últimos três anos. Nesse período, eu vi um patriota que defende os mesmo valores que sempre acreditei: família, liberdade, honestidade, franqueza, patriotismo e que tem Deus no coração. Agradeço à honra que foi ter participado do seu governo e desejo toda a sorte e sucesso que o senhor merece nesse desafio gigante que é tentar salvar o Brasil”, afirma, lendo um breve comunicado.

Na sequência, Bolsonaro diz que a saída de Weintraub é “um momento difícil”. “Todos os que estão nos ouvindo agora são maiores de idade e sabem o que o Brasil está passando. O momento é de confiança, jamais deixaremos de lutar por liberdade. Eu faço o que o povo quiser”, diz o presidente da República.

Weintraub balançava no cargo há algumas semanas, em razão do desgaste criado com o Supremo Tribunal Federal (STF). Na reunião ministerial do dia 22 de abril, cujo vídeo foi divulgado por decisão do decano da Corte, ministro Celso de Mello, Weintraub afirmou que, se dependesse dele, prenderia todos os “vagabundos”, “começando no STF”. O agora ex-ministro também perdeu apoio das alas política e ideológica do governo Bolsonaro, e não gozava de boa relação com o Congresso Nacional.

Fora da questão ideológica, a gestão de Weintraub foi marcada pela inação e a perda de protagonismo no debate da educação pública. Até projetos vitrines da gestão, como as escolas cívico militares e o Future-se, caminhavam a passos lentos.

Nas últimas semanas, em meio à pandemia do novo coronavírus, o Congresso Nacional tomou a dianteira nas discussões sobre Fundeb, o fundo para a educação básica, o adiamento do Enem, e a distribuição de merenda no período em que as escolas estivessem fechadas.

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Os governos estaduais, por sua vez, assumiram a frente na discussão sobre a implementação nos programas do novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular.

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