Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Em busca do reequilíbrio

Depois de dispensar 800 funcionários e cortar 9 títulos de seu portfólio, o Grupo Abril, que publica VEJA, pede um fôlego à Justiça para tentar se reerguer

Por Marcelo Sakate Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 17h38 - Publicado em 17 ago 2018, 07h00

O Grupo Abril, uma das maiores e mais tradicionais empresas de comunicação do país e dono da editora de mesmo nome, que publica VEJA há cinquenta anos, entrou com um pedido de recuperação judicial na quarta-feira. O documento foi protocolado na Vara de Recuperações Judiciais e Falências de São Paulo e será analisado nos próximos dias por um juiz a ser designado. A medida tem o objetivo de criar condições para que a Abril consiga renegociar com os credores as suas dívidas, que somam 1,6 bilhão de reais, e recuperar o equilíbrio econômico-financeiro. Fazem parte do grupo a Abril Comunicações, que mantém a Editora Abril e dezesseis revistas e sites; a gráfica, a maior da América Latina; a Dipar, empresa de distribuição de publicações; e a Total Express, distribuidora de encomendas.

Uma das causas das dificuldades financeiras da Abril é a crise do modelo de negócio de comunicação impressa, um fenômeno global. As receitas com publicidade estão em queda. Em 2017, a empresa faturou 978 milhões de reais, mas, ainda assim, fechou o ano com prejuízo de 332 milhões de reais.

Há um mês, a família Civita, fundadora e controladora da Abril, contratou a consultoria Alvarez & Marsal, especializada em reestruturação empresarial, para assumir a gestão do grupo. Antes do pedido de recuperação judicial, a Alvarez & Marsal promoveu uma série de medidas para diminuir o prejuízo operacional, o que incluiu o fechamento de nove títulos e a demissão de cerca de 800 funcionários, reduzindo-se o quadro para um total de 3 000 empregados.

Aceito o pedido pela Justiça, o pagamento da dívida ficará suspenso pelo prazo de 180 dias, período no qual a Abril estará também protegida de eventuais execuções de credores. Quando a recuperação judicial se iniciar, nos próximos dias, a empresa terá dois meses para apresentar um plano de pagamento aos credores. Haverá então um período de negociações entre as partes até que se conclua que o plano pode ser submetido à votação dos credores em assembleia. Se aprovado pela maioria, a Abril precisará cumpri-lo rigorosamente para que consiga sair da recuperação no futuro. Em nota divulgada na quarta-feira, o grupo disse: “A Abril reforça que continuará operando normalmente e fornecendo a seus leitores produtos de alta qualidade editorial, em compromisso com sua história na imprensa brasileira e em respeito aos seus públicos e parceiros”.

Publicado em VEJA de 22 de agosto de 2018, edição nº 2596

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.