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"Todo governo tem direito a trapalhadas iniciais. Que o bom-senso prevaleça e deixemos de ser uma caricatura de nação." Paulo Sergio Arisi, Porto Alegre, RS
Assuntos mais comentados
- Os desencontros na estreia do governo Bolsonaro (capa)
- Artigo de José Vicente da Silva Filho (Página Aberta)
- Håkan Samuelsson (entrevista)
- Casamento infantil
- Coluna de Dora Kramer
Desencontros do governo
O que nos deixa frustrados é parecer tão simples corrigir este principal problema do novo governo: a tendência de Bolsonaro a se esquecer de que agora ocupa a Presidência da República. Causa estranhamento, também, que na equipe toda — e não é pouca gente — ninguém se atreva a ajudá-lo a organizar e planejar a comunicação do governo. O Twitter é uma péssima escolha para esse fim (“Tuitadas e trombadas”, 16 de janeiro).
Guilherme Roscoe
Belo Horizonte, MG
Certamente, se o grupo que ascendeu ao Planalto fosse experiente na politicagem de sempre, dedicada a tungar o Estado, seus integrantes demonstrariam perfeita sincronia entre atos e palavras, afinados na prática da corrupção. Mas aqueles que estão no poder agora não mostram os trejeitos políticos que vimos por anos. Melhor do que começar bem é terminar bem. A esperança ainda persiste.
Marlo Vinicios Duarte Lemos
Joinville, SC
O novo presidente provavelmente não é nem será o salvador da pátria — até porque uma nação se constrói com o trabalho de todos, e não somente de uma pessoa ou um partido político. Mas ele será talvez o líder que conduzirá o Brasil a novos caminhos, com menos violência e mais crescimento econômico. Não entendo por que VEJA, que denunciou todos os escândalos dos últimos anos, agora o apresenta, na capa, em uma imagem pejorativa, com os famosos pés trocados de Jânio Quadros. É um desserviço ao país.
Carlos Alberto Kowalski
Blumenau, SC
Todo governo tem direito a trapalhadas iniciais. Bater continência com os militares e bater cabeça com os civis fez parte da largada. A capa de VEJA revisita a foto clássica de Jânio Quadros, que valeu a Erno Schneider o Prêmio Esso de Jornalismo em 1962. Mas Jânio era um enigma, e Bolsonaro é claro. Que o bom-senso prevaleça e deixemos de ser uma caricatura de nação.
Paulo Sergio Arisi
Porto Alegre, RS
José Vicente da Silva Filho
Cumprimento a revista pela publicação do artigo do coronel José Vicente. Nele, o estudioso da segurança pública dá a receita para melhor enfrentar a crescente criminalidade (“Chamem a polícia”, 16 de janeiro).
Francklin Santos
Recife, PE
Excelente o artigo da seção Página Aberta. Deveria ser divulgado nas mídias sociais até chegar às mãos do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do presidente Jair Bolsonaro. Parabéns a VEJA por incluir esse texto em uma edição quase toda voltada a criticar o novo governo.
Henrique Oswaldo Pimentel
Rio de Janeiro, RJ
Håkan Samuelsson
Samuelsson, CEO da Volvo Cars, aposta no futuro do carro elétrico e indica a necessidade de 200 000 estações de reabastecimento. O entrevistador não perguntou de onde virá a energia elétrica, em um sistema exaurido, que já nos obriga a pagar caro para manter as usinas termelétricas (“O futuro é autônomo”, 16 de janeiro).
Flávio Juarez Feijó
Porto Alegre, RS
Devido ao aumento astronômico da população, não haverá espaço, recursos nem condições para dar um veículo a cada pessoa. Os carros autônomos de que fala Håkan Samuelsson não resolverão esse problema. O melhor meio de deslocamento é o coletivo multimodal, e o transporte individual sempre exigirá a participação responsável do condutor, mesmo se houver piloto automático.
Alberto Cleiman
Rio de Janeiro, RJ
Sensacionalista
O Sensacionalista fez a piada de que a ministra dos “Humanos Direitos”, Damares Alves, estaria exigindo a volta do Merthiolate que arde. Mas a declaração dela sobre o erro da Igreja Evangélica em deixar a teoria da evolução entrar nas escolas tinha mais potencial humorístico — e, incrivelmente, aconteceu de verdade. Ela deve acreditar que o homem não pisou na Lua (“Ministra Damares pede volta do Merthiolate que arde”, 16 de janeiro).
Abel Pires Rodrigues
Rio de Janeiro, RJ
Dora Kramer
Concordo com a colunista: o presidente Jair Messias Bolsonaro precisa tomar tenência do que diz. Assim esperamos seus milhões de eleitores (“Bom dia a cavalo”, 16 de janeiro).
Stela Andrade
Belo Horizonte, MG
Casamento infantil
A reportagem sobre os casamentos infantis no Brasil retrata um país que a grande maioria desconhece. Eu mesmo pouco sabia a respeito e fico espantado com o absoluto descaso de nossas autoridades, em todos os níveis, com essa situação dolorosa. A atenção por parte dos governos talvez não solucionasse o problema, mas certamente poderia minorá-lo (“A sina das meninas-noivas”, 16 de janeiro).
Antonio Carlos da Fonseca Neto
Salvador, BA
Que horror ver meninas casadas carregando filhos em casas esburacadas! O Brasil precisa de um projeto que tire suas meninas dessa existência em que sobreviver é o único objetivo.
Mônica Delfraro David - Campinas, SP
Precisamos de mais reportagens tão interessantes e esclarecedoras como essa. E o Brasil precisa se voltar para o Nordeste. Temos de investir nas regiões menos assistidas social e economicamente, para que o país possa melhorar como um todo.
Décio Lima
São Paulo, SP
Prêmio VEJA-SE
Com muita honra e satisfação recebemos a fabulosa notícia de que ganhamos o Prêmio VEJA-se de 2018 na categoria Políticas Públicas. Cada um dos mais de 3 000 voluntários do sistema OSB nas mais de 130 cidades espalhadas pelo Brasil também se sentiu agraciado. É a primeira vez no Brasil que uma experiência de controle social recebeu um prêmio da iniciativa privada! Somos gratos à revista VEJA pela iniciativa do prêmio, que valoriza pessoas comuns que realizam feitos incomuns. Mas se faz necessária uma correção na reportagem sobre os premiados. O texto diz que Roni Enara Rodrigues foi “a fundadora” do Observatório Social de Maringá. Ela foi, na verdade, uma das fundadoras do Observatório Social do Brasil, que teve sede na cidade de Maringá e desde 2012 está em Curitiba (“Exemplos a ser seguidos”, 2 de janeiro).
Roni Enara Rodrigues, diretora executiva do OSB
Ney da Nóbrega Ribas, presidente do OSB
Correção
Diferentemente do que foi publicado na reportagem “O país dos ansiosos”, de 2 de janeiro, o composto que atua como inibidor seletivo de estímulos é conhecido como fluoxetina. O diazepam, citado na matéria, pertence à classe dos benzodiazepínicos.
Publicado em VEJA de 23 de janeiro de 2019, edição nº 2618