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Sinal vermelho

Por razões de segurança nacional, Trump barra a venda da Qualcomm, que desenvolve chips. O receio americano é ficar atrás dos chineses na tecnologia 5G

Por Giuliano Guandalini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 16h36 - Publicado em 16 mar 2018, 06h00
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  • Negócios à parte - Tan, na Casa Branca, em novembro: agora, mudou  (Martin H. Simon/Getty Images)

    Hock Tan, hoje com 65 anos e presidente da Broadcom, uma das maiores fabricantes de chips do mundo, é um exemplo de que permanece possível concretizar o sonho de “fazer a América”. Natural da Malásia, chegou aos Estados Unidos quando tinha 18 anos, para estudar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Fez MBA em Harvard e passou por grandes companhias americanas, até ingressar numa carreira no setor de informática nos anos 1990. A Broadcom, por sua vez, nasceu na Califórnia como uma divisão da Hewlett-Packard (HP). Depois de uma série de aquisições e fusões, tornou-se uma das principais provedoras de componentes para a indústria da telecomunicação. Ela mantém centros de desenvolvimento na Califórnia, mas sua sede, por razões fiscais e administrativas, fica em Singapura — e por isso é considerada uma empresa estrangeira. Com as novas leis tributárias aprovadas por Donald Trump, a empresa anunciou a sua intenção de transferir a sua sede para os Estados Unidos, notícia que chegou a ser festejada por Trump, em reunião com Tan na Casa Branca, em novembro passado.

    Por isso, não deixou de surpreender a decisão de Trump, na semana passada, de vetar a proposta da Broadcom de adquirir a americana Qualcomm, outro gigante da indústria de chips. O negócio, estimado em 120 bilhões de dólares, seria um dos maiores da história. Mais uma vez, tal como fez ao impor tarifas à importação de aço e alumínio, Trump justificou a medida por questões de “segurança nacional”. O temor era que a Broadcom, ao comprar a Qualcomm, acabasse fragilizando a empresa americana, reduzindo o investimento em pesquisa e, com isso, deixando livre o caminho para a chinesa Huawei estabelecer o padrão tecnológico da nova geração de comunicação sem fio — a chamada internet 5G.

    Trump baseou sua decisão em uma recomendação do Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos. A Qualcomm é a empresa americana da área de tecnologia com o maior número de patentes registradas. Perder essa liderança, para os americanos, significaria entregar aos chineses o domínio da infraestrutura de comunicação do país. Em razão disso, a decisão de Trump, embora controversa, não chegou a ser condenada abertamente, como ocorreu com a sobretaxa imposta ao aço e alumínio. Só não está certo se o ato será suficiente para barrar a crescente proeminência chinesa nas tecnologias de comunicação.

    Publicado em VEJA de 21 de março de 2018, edição nº 2574

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