Embora o exercício físico seja importante para a saúde a e prática insuficiente seja considerado um problema de saúde pública, os números das capitais brasileiras são preocupantes. Segundo dados do Observatório da Atenção Primária da Umane, com base em levantamento da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde de 2021, 48,3% dos brasileiros que vivem nas capitais não fazem nenhuma atividade física.
O relatório aponta o problema maior entre as mulheres, com 53,4% sem realizar nenhum tipo de exercício físico, contra 42,2% dos homens.
A pesquisa mostra ainda que a prática de exercícios tende a ser maior e mais frequente entre aqueles que têm maior renda e escolaridade. Segundo os dados, 64,5% das pessoas com até oito anos de estudo estão paradas, contra 47,3% das que têm entre 9 e 11 anos de estudo e 36,1% entre quem tem 12 anos ou mais.
Mesmo entre a faixa etária que mais pratica exercício, de 18 a 24 anos, o índice de sedentários é alto, chegando a 35,1%, contra 43,1% das pessoas com idade entre 25 a 34 anos. Os que não praticam exercício nenhum são, em sua maioria, nas faixas etárias a partir de 55 anos: 56% entre os que têm de 55 a 64 anos e 63,6% entre os que têm 65 anos ou mais.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a atividade física regular é a prática feita em intensidade no mínimo moderada, por 150 minutos semanais divididos em 3 a 4 dias da semana, de forma regular, e que cause modificações na fisiologia do corpo humano, entre elas, sudorese, aumento dos batimentos cardíacos e da frequência respiratória. Para adolescentes, a recomendação é de 60 minutos diários de atividade física moderada a vigorosa.
Mas a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS – 2018), do Ministério da Saúde aponta que um em cada dois brasileiros adultos não pratica o recomendado pela OMS, o que também gera índices preocupantes: segundo o Ministério da Saúde, o risco de mortalidade por doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e doenças metabólicas é de 20% a 30% maior em pessoas sedentárias do que em indivíduos que são adeptos da atividade física regular e moderada.