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Anvisa aprova primeiro medicamento injetável contra HIV

Tratamento que poderá ser utilizado como profilaxia pré-exposição é mais eficaz que a terapia oral empregada atualmente

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 10h38 - Publicado em 10 jun 2023, 19h38

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última segunda-feira, 5, o primeiro medicamento injetável contra o HIV. Chamada de Cabotegravir, a droga será utilizada para prevenção de novas infecções.

Atualmente, o tratamento é composto por um comprimido que contém dois medicamentos e deve ser ingerido diariamente. O cabotegravir, por outro lado, tem um efeito mais duradouro e, por isso, poderá ser administrado apenas uma vez a cada dois meses.

“Isso traz um importante diferencial”, afirma à Veja o professor, cientista e médico infectologista da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alexandre Naime Barbosa. “Nos estudos comparativos entre o Cabotegravir e o tratamento tradicional, o novo medicamento foi superior em termos de prevenção, mostrando que é uma estratégia mais eficaz – isso pq o tratamento oral já tem uma eficácia alta, acima de 95%.”

Esse tipo de terapia é chamada de profilaxia pré-exposição, também conhecida como PrEP, e é utilizada por indivíduos vulneráveis a infecção por HIV, como pessoas que frequentemente deixam de usar camisinha ou que fazem sexo em troca de dinheiro.

O novo remédio pertence à classe dos inibidores da integrase e é um dos maiores avanços recentes na prevenção ao HIV. Para promover a infecção, o vírus coloca uma parte do seu material genético no DNA das células humanas. Essa classe de medicamentos impede que isso aconteça, fazendo com que o indivíduo não adquira a infecção mesmo se tiver contato com o vírus.

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Em março de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que financiaria a implementação da PReP injetável no Brasil. No mesmo ano, uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz (Fiocruz) e a Unitaid, uma iniciativa ligada à OMS, começou a conduzir os estudos para a implementação dessa terapia em território nacional através do Sistema Único de Saúde (SUS).

O registro da Anvisa foi fornecido à farmacêutica GSK e é válido por até 60 meses, mas ainda não se sabe quando a comercialização começará nem quando o tratamento estará disponível. A forma tradicional da PReP, contudo, é fornecida gratuitamente pelo SUS e pode ser obtida em postos de saúde especializados. A lista de todos os locais que oferecem o tratamento pode ser consultada no site do Ministério da Saúde.

Força tarefa

O HIV está entre as 8 doenças que o Governo brasileiro quer eliminar até 2030. Na última quarta-feira, 7, o Ministério da Saúde anunciou a criação do Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDS), uma força tarefa composta por nove ministérios que trabalhará nesse objetivo

Além do HIV e da tuberculose, também estão na lista outras doenças que afligem especialmente a população pobre, como Chagas, malária, hepatites virais, tracoma (conjuntivite bacteriana), filariose (elefantíase), esquistossomose, oncorcercose (cegueira dos rios), geo-helmintíases (verminoses), hanseníase e sífilis.

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