A retomada das aulas presenciais deflagou uma série de dúvidas em relação á segurança dos filhos no retorno às aulas. Crianças e adolescentes precisam socializar com outros pares, por isso, um longo período em casa, isolados, pode causar problemas de desenvolvimento, saúde mental e sociabilidade. Para a OMS, os benefícios da reabertura das escolas incluem permitir que os alunos concluam o ano letivo e avancem na sua educação; bem-estar social e psicológico. Mas o retorno tem de ser responsável. A seguir, VEJA responde às questões mais recorrentes.
É seguro ir de transporte coletivo mesmo com máscara? Sim, desde que além do uso de máscara haja distanciamento de no mínimo 2 metros entre as pessoas e que o transporte seja arejado, com janelas abertas.
Qual medida de segurança deve ser feita quando meu filho chegar em casa? Os cuidados devem ser os mesmos já adotados quando voltamos para casa depois de sair: tirar a máscara e colocar para lavar, trocar de roupa todos os dias e tomar banho em seguida.
Meu filho tem asma, devo deixá-lo retornar à escola? Ainda não está claro se crianças com condições de saúde subjacentes como asma, diabetes e obesidade, têm maior risco de desenvolver sintomas graves da Covid-19. Neste caso, a recomendação é considerar os riscos e benefícios do retorno da criança à escola com o médico, de forma individual.
O que fazer se meu filho tiver gripe? Se a criança apresentar sintomas de síndrome gripal, ela deve permanecer em casa por ao menos dez dias – a OMS orienta 14 dias de isolamento. A mesma recomendação é válida caso ela não apresente sintomas, mas more na mesma casa de uma pessoa que apresentou síndrome gripal. Além do sistema imunológico estar mais debilitado, há o risco de a criança estar infectada, mas assintomática e transmitir a doença caso entre em contato com outras pessoas. Também é preciso avisar a escola para que eles tomem as medidas necessárias, como rastrear contactantes.
Independente das regras da escola, como deve ser o comportamento de segurança do meu filho? É preciso ensinar às crianças sobre os cuidados a serem tomados na volta às aulas. Ela precisa entender que as coisas não serão como antes e que é necessário tomar alguns cuidados e medidas que antes não eram exigidos, como lavar as mãos ou higienizar com álcool gel, não dividir copo nem objetos de uso pessoal com os colegas, manter uma distância de pelo menos 1 metros dos colegas (equivalente a cerca de 2 passos), usar a máscara o tempo todo e trocá-la a cada quatro horas ou depois do recreio, por exemplo. Não tocar a máscara nem o rosto. “Tem que fazer um processo educacional muito grande. A escola pode ajudar fazendo demarcações nas áreas coletivas, para sinalizar onde as crianças devem ficar para manter a distância correta, e colocar cartazes que reforcem os novos comportamentos”, diz o infectologista e epidemiologista Bruno Scarpellini, da PUC do Rio de Janeiro.