Biden aprova lei para revelar documentos secretos da origem da Covid-19
Descobertas do Departamento de Inteligência dos EUA incluem dados sobre o SARS-CoV-2, coronavírus anteriores e detalhes de cientistas doentes em 2019
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden aprovou uma lei que exige a liberação de informações sigilosas relacionadas à origem da Covid-19 nesta segunda-feira, 20.
“Meu governo desclassificará e compartilhará o máximo possível de informações sobre a origem da Covid-19, de acordo com a proteção contra a divulgação de informações que prejudicariam a segurança nacional”, disse Biden, sobre o projeto de lei, apresentado em janeiro, que pede ao Departamento de Inteligência dos EUA (DNI) que retire a classificação de sigilo de documentos que tragam informações sobre a origem do coronavírus.
Estes documentos, a serem disponibilizados para o público, contém informações importantes não só sobre a origem do Sars-Cov-2, vírus que provoca a Covid-19, como também a possível relação com o Instituto de Virologia de Wuhan, na China; estudos envolvendo coronavírus anteriores ao surgimento da Covid-19; e relatórios com detalhes sobre os cientistas que ficaram doentes em 2019, antes da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a pandemia global.
Desde os primeiros casos relatados, os Estados Unidos vêm promovendo discussões políticas em torno do assunto, que voltou à tona no mês passado, após o The Wall Street Journal publicar que o Departamento de Energia americano avaliou a probabilidade de o vírus ter surgido de um vazamento de um laboratório chinês. Hipótese negada pela China, mesmo tendo um relatório divulgado, que sugere que o coronavírus tenha aparecido em um mercado de animais vivos em Huanan.
Vale ressaltar que esses dados foram adquiridos pela inteligência americana e, portanto, não quer dizer que realmente expliquem a origem do vírus. A Casa Branca, porém, ainda não informou quando esses documentos serão liberadas para a apreciação pública.